5 Costumes de Trabalho nos EUA que São Diferentes do Brasil, Segundo Especialista

Os Estados Unidos são um dos destinos mais buscados por brasileiros que desejam estudar e trabalhar no exterior, de acordo com um estudo recente da Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta). Mas o que torna o ambiente de trabalho americano tão atraente? E quais são as principais diferenças culturais que os brasileiros podem encontrar ao trabalharem nos EUA?

Segundo Fabiane Borges, administradora, coach e especialista em gestão de pessoas com mais de 25 anos de experiência, os Estados Unidos possuem uma cultura de trabalho que incentiva a produtividade e a motivação dos trabalhadores, muito além do salário em dólar. Algumas práticas de liderança, desenvolvidas ao longo da história, ainda influenciam positivamente o ambiente corporativo americano. Abaixo, Borges destaca cinco costumes comuns na cultura de trabalho dos EUA que diferem do cenário brasileiro.

1. Dar e Receber Feedback

Nos Estados Unidos, o feedback é encarado como uma ferramenta essencial para o desenvolvimento profissional e não como uma crítica pessoal. “O feedback é visto como um presente e, por isso, a comunicação é aberta e franca”, explica Borges. Em contraste, no Brasil, o feedback pode ser tomado como algo pessoal, gerando conflitos e dificultando o processo de crescimento profissional.

2. Ter Clareza de Visão

A clareza de visão é um dos pilares da cultura corporativa americana. Borges observa que, nos EUA, os líderes têm objetivos empresariais bem definidos e comunicam essas metas de forma constante e direta a seus funcionários. “As reuniões são curtas, de 15 minutos, porque os líderes sabem exatamente aonde querem chegar”, diz. Já no Brasil, a falta de foco e a mudança constante de prioridades podem resultar em reuniões longas e improdutivas, deixando as equipes desmotivadas e sem direção clara.

3. Realizar Sessões de One-on-One

As sessões “one-on-one” são encontros individuais entre o líder e o funcionário, focados no futuro e no desenvolvimento de carreira. “Essas reuniões são comuns nos Estados Unidos e ajudam a alinhar os objetivos pessoais do funcionário com os da empresa”, afirma Borges. Embora essa prática ainda seja menos frequente no Brasil, ela pode ser uma ferramenta poderosa para fortalecer as relações de trabalho e promover o crescimento profissional.

4. Adotar a Cultura do Elogio e da Honra

Nos EUA, é comum que líderes corporativos e até professores reconheçam publicamente as conquistas de seus funcionários ou alunos, premiando-os por tempo de serviço ou celebrando pequenas vitórias. “Essa cultura de reconhecimento ainda enfrenta resistência no Brasil, onde há uma crença de que o elogio pode impactar negativamente a performance”, observa Borges, que também possui certificação em Leadership Excellence pelo Disney Institute.

5. Não Se Apegar aos Funcionários

Os líderes americanos geralmente não se apegam emocionalmente aos membros de sua equipe, compreendendo que os funcionários pertencem à empresa como um todo, e não apenas ao seu time específico. “No Brasil, muitos líderes ainda adotam uma postura mais rígida e apegada, priorizando a retenção de talentos dentro do próprio time, mesmo que isso não seja o melhor para o desenvolvimento do funcionário ou da empresa”, conclui Borges.

Esses cinco costumes ilustram como a cultura de trabalho nos Estados Unidos pode diferir significativamente do ambiente brasileiro. Entender essas diferenças pode ser crucial para quem busca uma carreira internacional, facilitando a adaptação e o sucesso no mercado de trabalho americano.

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