As novas tarifas comerciais dos Estados Unidos sobre produtos importados do México, Canadá e China entram em vigor neste sábado (1º), conforme anunciado pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, nesta sexta-feira (31).
A medida impõe uma tarifa de 25% sobre produtos mexicanos e canadenses, enquanto importados da China serão taxados em 10%. Segundo Leavitt, a decisão está alinhada às promessas de campanha do presidente Donald Trump e visa combater o tráfico de fentanil ilegal para os EUA.
Impacto nas Relações Comerciais
A imposição das tarifas ocorre em meio a um déficit comercial dos EUA com esses três países. O presidente Trump reforçou que busca proteger a economia americana e controlar problemas fronteiriços, incluindo imigração ilegal e contrabando de drogas.
Canadá e México afirmaram que responderão às tarifas com medidas próprias, enquanto tentam demonstrar a Washington que estão agindo para lidar com essas questões. A China, por sua vez, tem adotado um tom mais diplomático, defendendo o diálogo como solução para as disputas comerciais.
Novas Tarifas para a União Europeia e o Setor de Energia
Pouco após o anúncio das tarifas para o México, Canadá e China, Trump também confirmou que medidas similares serão aplicadas contra a União Europeia. Contudo, não detalhou as alíquotas ou datas para a implementação dessas novas taxações. O presidente também mencionou a possibilidade de tarifas adicionais sobre o setor de petróleo e gás, previstas para entrarem em vigor em 18 de fevereiro.
Reação dos Mercados e Impacto no Brasil
A decisão de Trump impactou os mercados internacionais, causando incertezas sobre o fluxo de investimentos. No Brasil, o real registrou desvalorização frente ao dólar, com a moeda fechando cotada a R$ 5,83 nesta sexta-feira (31).
Especialistas alertam que as tarifas podem gerar efeitos negativos na economia global, impactando o fluxo comercial e o preço de commodities. No Brasil, setores como a indústria e o agronegócio monitoram de perto os desdobramentos, especialmente no que se refere à possível sobreoferta de produtos chineses no mercado local e à demanda por exportações brasileiras para a China.
As medidas adotadas pelos EUA e suas repercussões serão analisadas por economistas e investidores nas próximas semanas, diante da crescente tensão comercial e do impacto nas relações internacionais.