Em meio a declarações de Donald Trump sobre o desejo de adquirir a Groenlândia, a Dinamarca se posicionou de maneira firme, afirmando que a ilha não está à venda. A Groenlândia, que é a maior ilha do mundo, ocupa uma posição geopolítica estratégica entre os Estados Unidos e a Europa e, embora seja um território autônomo da Dinamarca, tem laços profundos com o Reino dinamarquês.
Trump, presidente dos Estados Unidos, afirmou na quinta-feira (13) que acredita que a anexação da Groenlândia pelos EUA “vai acontecer”. Durante uma reunião no Salão Oval, ele demonstrou confiança de que esse desejo se tornaria realidade. A declaração se segue a um histórico interesse por parte dos EUA em adquirir o território, que já havia sido manifestado em 2019.
A Groenlândia, que tem uma população de mais de 56 mil pessoas, tem atraído a atenção dos EUA não apenas pela sua localização estratégica, mas também pelos seus recursos naturais. Especialistas acreditam que, com o aquecimento global e o derretimento das camadas de gelo, o acesso a recursos valiosos, como petróleo, gás, metais raros e minerais, pode se tornar mais fácil. Esses recursos são especialmente importantes para a produção de veículos elétricos e turbinas eólicas, além de equipamentos militares, áreas de interesse crescente no cenário global.
A capital da Groenlândia, Nuuk, está situada mais perto de Nova York do que de Copenhague, o que destaca ainda mais a importância estratégica da ilha para os Estados Unidos. Entretanto, a posição da Dinamarca é clara: a Groenlândia, por ser uma parte integral do Reino da Dinamarca, não será negociada.
Por outro lado, a recente vitória do partido Demokraatit nas eleições parlamentares da Groenlândia, que defende uma abordagem gradual para a independência da ilha em relação à Dinamarca, foi vista por Trump como um bom sinal para os Estados Unidos. No entanto, a vitória política não parece influenciar o posicionamento dinamarquês de maneira significativa, e a disputa sobre a soberania da Groenlândia continua a ser um tema sensível tanto para a Dinamarca quanto para os Estados Unidos.
A posição da Dinamarca e a resposta de Trump sublinham as complexidades geopolíticas e econômicas envolvidas na questão da Groenlândia, um território que, apesar de sua pequena população, exerce grande influência devido à sua localização estratégica e recursos naturais abundantes.