Apagão em São Paulo: Prejuízos superam R$ 1,65 bilhão após forte temporal

São Paulo enfrenta uma crise energética grave, com um apagão que já dura quatro dias e resultou em prejuízos estimados em R$ 1,65 bilhão, segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP). O evento teve início após um intenso temporal na última sexta-feira (11), que deixou mais de 250 mil imóveis na Grande São Paulo sem energia.

As perdas são alarmantes, com o setor de serviços contabilizando R$ 1,1 bilhão em danos. O varejo, por sua vez, enfrentou prejuízos de pelo menos R$ 536 milhões nos três dias de inatividade. A Fecomércio-SP destacou que, em fins de semana, o comércio na cidade costuma faturar em média R$ 1,1 bilhão por dia, enquanto os serviços geram cerca de R$ 2,3 bilhões. Isso evidencia a gravidade da situação, pois muitos estabelecimentos permanecem fechados ou operam com grandes limitações.

A Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia, informou que está trabalhando para restabelecer o fornecimento, mas ainda não deu uma previsão precisa para a normalização total. Em resposta à crise, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou uma força-tarefa que inclui outras distribuidoras, aumentando o número de profissionais disponíveis para cerca de 2.900.

O temporal que causou o apagão não apenas afetou o fornecimento de energia, mas também deixou um impacto significativo na infraestrutura da cidade. A Defesa Civil registrou sete mortes devido a quedas de árvores e deslizamentos, além de 386 ocorrências de quedas de árvores em toda a região metropolitana. Até a segunda-feira (14), 68 escolas estavam sem luz, afetando o calendário escolar.

A falta de eletricidade também impactou o abastecimento de água em diversas áreas, já que a Sabesp informou que a interrupção prejudicou o funcionamento de estações de bombeamento. Embora a situação esteja se normalizando, alguns bairros ainda enfrentam dificuldades no abastecimento.

A Fecomércio-SP expressou indignação com a recorrência dos apagões e pediu urgência nas ações da Enel para solucionar o problema. “É inaceitável que a maior metrópole do Brasil sofra com cortes constantes de energia. As consequências para a população e para os empresários são enormes e inaceitáveis”, declarou a entidade.

Com o cenário ainda em evolução, a população e os empresários aguardam ansiosamente uma solução definitiva para o apagão, que tem gerado não apenas dificuldades financeiras, mas também um clima de incerteza e frustração em meio a uma cidade que luta para se recuperar.

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