Arnold Schwarzenegger Declara Voto em Kamala Harris: ‘Serei Americano Antes de Republicano’

Ex-governador da Califórnia e membro do Partido Republicano, Schwarzenegger se junta a outros conservadores em oposição a um segundo mandato de Donald Trump.

Arnold Schwarzenegger, ator, ex-governador da Califórnia e uma das vozes republicanas mais conhecidas, anunciou nesta quarta-feira que votará na candidata democrata Kamala Harris nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, marcadas para o próximo dia 5 de novembro. Em um post no X, Schwarzenegger justificou sua escolha, afirmando que sua lealdade ao país está acima das linhas partidárias: “Sempre serei um americano antes de ser um republicano.”

Em sua declaração, o ex-governador expressou preocupações com a postura de Donald Trump e o que considera ser uma ameaça à democracia americana. “Um candidato que não respeitará seu voto a menos que seja para ele, um candidato que enviará seus partidários para invadir o Capitólio não resolverá nossos problemas”, escreveu Schwarzenegger, fazendo referência à invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021. O ator foi enfático ao condenar o ex-presidente, que, após o ataque, classificou como o “pior presidente da História dos Estados Unidos”.

Críticas ao Discurso Divisivo de Trump

Schwarzenegger, que frequentemente criticou Trump nos últimos anos, reprovou recentemente uma declaração do ex-presidente em que descreveu os Estados Unidos como uma “lata de lixo para o mundo”, em alusão ao aumento da imigração ilegal. O ex-governador classificou o comentário como antipatriótico e divisório, destacando que a retórica agressiva de Trump estimula a raiva e a divisão, ao invés de promover uma visão unificada do país.

Embora reconheça divergências ideológicas com Kamala Harris, Schwarzenegger acredita que a democrata representa uma liderança mais inclusiva e pacífica, qualidades que, segundo ele, são essenciais para o futuro do país. “Podemos ter diferenças políticas, mas acredito em uma nação unida e respeitada no cenário internacional”, afirmou.

Dissidência no Partido Republicano

Schwarzenegger se junta a outros republicanos que manifestaram apoio a Kamala Harris ou, pelo menos, criticaram abertamente Trump. Na semana passada, John Kelly, general aposentado e ex-chefe de Gabinete de Trump, afirmou ao New York Times que o ex-presidente se enquadra na “definição geral de fascista” e que desejava o “tipo de generais que Hitler tinha”. Kelly destacou a inclinação autoritária de Trump e seu apreço por líderes ditatoriais, ecoando críticas de outros ex-assessores que trabalharam com ele na Casa Branca.

A Disputa pelo Voto nos Estados Decisivos

Kamala Harris e Donald Trump continuam intensificando seus esforços nos sete estados decisivos que podem definir o resultado das eleições: Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Nevada, Arizona, Geórgia e Carolina do Norte. Esses estados desempenham um papel essencial no Colégio Eleitoral, onde ambos os candidatos precisam acumular, no mínimo, 270 votos para conquistar a presidência.

Kamala embarca em uma maratona de comícios nesta quarta-feira, passando pela Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin, enquanto Trump tem dois comícios programados: um em Rocky Mount, na Carolina do Norte, ao meio-dia, e outro em Green Bay, Wisconsin, ao final do dia.

Com o apoio de republicanos como Schwarzenegger, Harris tenta ampliar seu alcance entre eleitores independentes e moderados, enquanto Trump busca manter sua base fiel. As declarações de Schwarzenegger refletem a crescente divisão interna do Partido Republicano e apontam para um cenário político instável que poderá influenciar o futuro da liderança nos Estados Unidos.

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