Assessores de Lula Recomendam Endurecimento da Postura Brasileira em Relação a Maduro

Após o recente cerco à Embaixada da Argentina em Caracas, que está sob custódia brasileira, assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva passaram a defender uma mudança na postura do governo brasileiro em relação ao presidente venezuelano Nicolás Maduro. De acordo com esses assessores, Lula deve cessar a cortesia com Maduro e adotar uma postura mais firme.

O cerco ao prédio diplomático argentino, que ocorreu no último fim de semana, envolveu a interrupção do fornecimento de energia e movimentos de invasão por militares venezuelanos. O Itamaraty, sob a liderança do ministro Mauro Vieira, reagiu prontamente para evitar a invasão completa da embaixada. A resposta do governo brasileiro destacou que a retirada da custódia não poderia ser feita unilateralmente e que o Brasil só deixaria o local após a nomeação de um novo responsável.

O cerco foi reduzido no domingo (8) após a saída de Edmundo González Urrutia da Venezuela. González, que disputou a presidência contra Maduro e foi recebido como asilado político pela Espanha, prometeu continuar a luta pela democracia na Venezuela. Sua aliada, Maria Corina Machado, afirmou que González tomará posse em janeiro, considerando-o o verdadeiro vencedor das eleições.

No Palácio do Planalto, a condução da crise pelo Itamaraty foi elogiada. Assessores presidenciais destacaram que a reação rápida e assertiva dos diplomatas brasileiros foi crucial para evitar a invasão da embaixada, um território inviolável pelas leis internacionais. O governo brasileiro também informou que, dentro da embaixada, há seis assessores de Maria Corina Machado, que estão sendo visados pelo regime de Maduro.

Diante dos eventos, a recomendação dos assessores é que o presidente Lula adote uma postura mais crítica e menos conciliatória em relação ao governo venezuelano, refletindo um endurecimento da política externa brasileira frente às ações de Maduro.

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