Na quarta-feira (4), um ataque a tiros em uma escola de ensino médio no estado da Geórgia, nos Estados Unidos, resultou na morte de quatro pessoas e deixou outras nove feridas. O atirador, um estudante de 14 anos, foi preso. A polícia ainda investiga o motivo do crime e como o jovem teve acesso ao rifle AR-15 utilizado no ataque.
Detalhes do ataque
O tiroteio ocorreu na Apalachee High School, localizada no condado de Barrow, cidade de Winder, nos arredores de Atlanta. De acordo com as autoridades, o atirador, armado com um rifle AR-15, entrou na escola por volta das 10h23 (horário local) e começou a disparar. Testemunhas relataram momentos de pânico, com professores e alunos se protegendo da melhor forma possível.
Sergio Caldera, um estudante de 17 anos, contou que estava em uma aula de química quando os disparos começaram. “Minha professora abriu a porta para ver o que estava acontecendo. Outra professora veio correndo e disse para fechar a porta, pois havia um atirador”, relatou. Outros alunos improvisaram barricadas com mesas para se proteger.
A polícia foi rapidamente acionada e conseguiu evacuar centenas de estudantes, levando-os ao campo de futebol da escola. O atirador foi detido no local pelos policiais.
Vítimas e feridos
O ataque deixou quatro mortos, sendo dois alunos e dois professores. As vítimas fatais foram identificadas como:
- Mason Schermerhorn, 14 anos;
- Christian Angulo, 14 anos;
- Richard Aspenwall, 39 anos (professor);
- Christina Irimie, 53 anos (professora).
Além das vítimas fatais, outras nove pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas para hospitais da região. Segundo a polícia, todos estão fora de perigo.
Motivação e investigação
A motivação do ataque ainda está sob investigação. O atirador, descrito como um aluno quieto que se sentava no fundo da sala, não era amplamente conhecido pelos colegas. As autoridades estão apurando como ele teve acesso ao rifle e qual a possível relação dele com as vítimas.
O FBI revelou que o jovem havia sido investigado em 2023 por fazer ameaças na internet relacionadas a um possível tiroteio em uma escola no condado de Jackson, região próxima ao local do ataque. Embora tenha negado as acusações na época, o caso permaneceu sob monitoramento. O pai do atirador também foi ouvido pelas autoridades e afirmou que possuía armas de caça, mas que o filho não tinha acesso não supervisionado a elas.
Próximos passos da investigação
As autoridades descartaram a existência de um segundo atirador e afirmaram que não há evidências de ameaças em outras escolas da região. A polícia continua investigando como o jovem obteve a arma e qual foi a motivação exata do ataque. O atirador, apesar de ter 14 anos, deve ser julgado como adulto e responderá por assassinato.
O Departamento de Investigação da Geórgia elogiou a atuação dos professores e funcionários da escola, que ajudaram a minimizar os danos do ataque. “Eles agiram de forma heroica e impediram que essa tragédia fosse ainda maior”, declarou Chris Hosey, diretor do departamento.
As investigações seguem em curso, e mais informações deverão ser divulgadas nos próximos dias.