Biden, Xi, Putin e Macron: quem vai e quem não vai ao G20 no Brasil

No próximo dia 18 de novembro, o Rio de Janeiro será palco da cúpula do G20, presidida pelo anfitrião Luiz Inácio Lula da Silva. Este encontro anual, que reúne líderes das principais economias mundiais, está repleto de expectativas e contará com a participação confirmada de figuras-chave, enquanto algumas ausências já foram anunciadas.

Confirmados

Entre os líderes que já confirmaram presença estão o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping, representantes das duas maiores potências globais. A participação de ambos é vista como essencial para a discussão de pautas internacionais, como comércio e segurança global. Biden, em sua primeira e única visita oficial ao Brasil, aproveitará a ocasião para cumprir uma agenda ambiental em Manaus e participar dos eventos do G20 no Rio de Janeiro. Xi Jinping, por sua vez, também deverá se reunir com Lula em Brasília após o evento, onde discutirão parcerias econômicas e investimentos em infraestrutura.

Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul, estará presente para receber a presidência rotativa do bloco, passando a liderar o G20 no próximo ano. Outro destaque é a nova presidente do México, Claudia Sheinbaum, que fará sua estreia em viagens internacionais no evento.

Prováveis Participantes

Líderes de países como França, Argentina, Alemanha, Itália, Índia, Turquia, Reino Unido e Japão ainda não confirmaram formalmente, mas são esperados no evento. Entre eles está o presidente francês Emmanuel Macron e o recém-eleito presidente da Argentina, Javier Milei, que já criticou Lula abertamente, tornando incerto qualquer encontro reservado entre os dois durante a cúpula.

Olaf Scholz, primeiro-ministro da Alemanha, Giorgia Meloni, da Itália, e Narendra Modi, da Índia, também são esperados, reforçando o peso econômico e político da cúpula.

Ausências Confirmadas

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou em outubro que não comparecerá à reunião. Sua ausência deve-se ao mandato de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) em março de 2023, decorrente das ações da Rússia na guerra contra a Ucrânia. Diante disso, o procurador-geral ucraniano solicitou que o Brasil cumprisse o mandado de prisão caso Putin comparecesse, mas o líder russo optou por não vir ao evento.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky também não estará presente, já que a Ucrânia não faz parte do G20 e a negociação de paz não é pauta formal do encontro, conforme esclareceu o embaixador brasileiro Mauricio Lyrio.

Pautas do Encontro

Sob a liderança brasileira, a cúpula do G20 terá três temas centrais de discussão: inclusão social e combate à fome e à pobreza, transição energética e desenvolvimento sustentável, e a reforma da governança global. Paralelamente à cúpula de líderes, o Rio de Janeiro sediará o G20 Social, que abordará a fome e a miséria. Lula usará o evento para lançar oficialmente a Aliança Global Contra a Fome, uma iniciativa destinada a mobilizar recursos para projetos de redução da desigualdade no mundo.

Este encontro é particularmente significativo, pois marca a despedida de Biden como presidente dos EUA. Ele, que decidiu não se candidatar à reeleição, passará a presidência a Donald Trump em janeiro de 2025.

Expectativas e Desafios

Com a presença dos líderes das maiores economias e ausências notáveis, a cúpula no Brasil destaca-se como uma oportunidade para fortalecer alianças e discutir assuntos de interesse global. Ao final do evento, o Brasil deverá entregar o comando do G20 para a África do Sul, encerrando um ciclo de liderança focado na inclusão social e sustentabilidade.

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