Bióloga brasileira relata alívio com passagem do furacão Milton a 100 km de distância nos EUA: ‘Ficamos com muito medo’

A bióloga brasileira Simone Cristina dos Santos, que se mudou para os Estados Unidos há quatro meses, descreveu o alívio após o furacão Milton passar a cerca de 100 km de sua cidade, Apopka, na Flórida. Enquanto a tempestade causou grandes estragos em Tampa, Simone e os moradores de sua cidade enfrentaram danos menores, como cercas caídas, interrupções no fornecimento de energia e problemas com a internet.

“Os impactos aqui foram poucos, não foram muitos. Algumas cercas caíram, a internet e a energia falharam, mas, no geral, os danos foram limitados”, relatou Simone, que nasceu em Passos (MG) e morou 15 anos em Poços de Caldas antes de se mudar para os EUA. Ela contou que sua maior preocupação foi com a fragilidade da casa onde mora, que não estava preparada para resistir ao furacão. “A gente ficou com muito medo, porque a casa é mais velha e não tinha proteção alguma”, disse.

A empresa onde Simone trabalha tomou medidas preventivas, instalando placas de madeira nas janelas das casas dos funcionários e fornecendo orientações de segurança. Ela também relatou alguns danos às plantas em estufas (“greenhouses”) e à infraestrutura local, com telhados e lonas arrancados, além de árvores e fiações caídas nas ruas.

Outro impacto sentido na região foi a falta de combustível, devido à alta demanda antes da chegada do furacão. Embora os combustíveis tenham sido restabelecidos, algumas estradas permanecem bloqueadas, complicando a locomoção de quem precisa viajar. “Meu gerente teve que fazer muitos desvios, demorou uma hora e meia para fazer um trajeto que normalmente levaria 20 minutos”, contou Simone.

Apesar das dificuldades, Simone se sentiu aliviada por não ter precisado evacuar sua casa, como muitos moradores da região costeira. “Aqui também foi forte, mas não tanto. Ficamos aliviados de não precisar sair de casa”, disse.

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