Bolsonaro diz repassar informações aos EUA e pede intervenção externa

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou publicamente que tem repassado informações ao governo dos Estados Unidos e pediu uma intervenção externa para resolver o que chamou de “problema do Brasil”. A declaração foi dada em um evento em Brasília e rapidamente repercutiu nas redes sociais.

Bolsonaro e a intervenção externa

Bolsonaro, que está inelegível até 2030 devido a condenações judiciais e enfrenta investigações por tentativa de golpe de Estado, sugeriu que uma ação externa seria necessária para mudar o atual cenário político brasileiro.

“O problema do Brasil não vai ser resolvido internamente, tem que ser resolvido com apoio vindo de fora”, disse Bolsonaro.

O ex-presidente citou acordos recentes entre Brasil e China como justificativa para sua comunicação com o governo de Donald Trump. “Fizeram 37 acordos com a China. Estão entregando o Brasil para a China! Entre eles, um acordo de energia nuclear”, afirmou. Ele sugeriu, sem apresentar provas, que esse acordo poderia envolver a construção de bombas atômicas.

Confissão de espionagem?

Em um dos momentos mais polêmicos de sua fala, Bolsonaro admitiu que repassou essas informações à “equipe de Trump”.

“Falei isso, já passei pra equipe do Trump isso aí, tá, em primeira mão, lá atrás… Eles têm uma preocupação com o Brasil, de que o Brasil se consolide como uma nova Venezuela”, declarou.

As declarações levantam questionamentos sobre possíveis violações à Lei de Defesa do Estado. A legislação brasileira define como crime contra a soberania nacional a entrega de informações sigilosas a governos estrangeiros, com penas que variam de 12 a 15 anos de prisão.

Relação com a Rússia e o setor nuclear

Durante seu governo, Bolsonaro chegou a negociar com a Rússia acordos na área nuclear. Em 2021, o governo brasileiro enviou o almirante Flávio Rocha à Rússia para discutir uma possível parceria na exploração de urânio, produção de isótopos para medicina e desenvolvimento de reatores nucleares. No entanto, com a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, esses acordos não avançaram.

Agora, ao denunc

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