A cápsula Starliner, da Boeing, que enfrentou sérios problemas com seu sistema de propulsão, pousou com sucesso no deserto do Novo México na madrugada deste sábado, 7 de setembro. A missão, que começou com o desacoplamento da Estação Espacial Internacional (ISS) na sexta-feira (6), foi não tripulada, enquanto os astronautas Suni Williams e Butch Wilmore permanecem na ISS.
O retorno da cápsula, que durou cerca de seis horas, foi monitorado de perto pelas equipes da Boeing e da NASA no Parque Nacional White Sands. A Starliner, equipada com paraquedas e airbags para garantir um pouso seguro, aterrissou sem incidentes, conforme mostraram as imagens ao vivo da NASA.
Bill Nelson, administrador da NASA, afirmou que a decisão de retornar a cápsula sem tripulação foi motivada pelo compromisso com a segurança. Apesar dos testes recentes indicarem que a cápsula era segura, a NASA constatou que o sistema de propulsão apresentava riscos significativos. Jim Free, administrador associado da NASA, destacou que a escolha foi difícil, mas essencial.
A Starliner, projetada para funcionar de forma autônoma, já havia completado dois voos não tripulados antes da missão de junho. No entanto, problemas com propulsores e vazamentos de hélio complicaram o retorno previsto dos astronautas, que deveria ocorrer após uma missão de oito dias. Agora, a NASA optou por utilizar uma missão regular da SpaceX, a Crew-9, para trazer os astronautas de volta em fevereiro do próximo ano.
A Boeing, que já enfrentou dificuldades com o desenvolvimento da Starliner e problemas em sua linha de aviões comerciais, continua a priorizar a segurança em suas operações. A empresa está se preparando para futuras missões tripuladas, enquanto a NASA avalia o desempenho da cápsula e a confiabilidade de suas operações autônomas.