Caravana de imigrantes avança rumo aos EUA antes da posse de Trump

Uma nova caravana de imigrantes, composta por cerca de 3 mil pessoas provenientes de países como Venezuela, Honduras, Haiti e Cuba, partiu nesta quinta-feira (12) da cidade de Tapachula, localizada na fronteira sul do México. O objetivo é atravessar a fronteira norte do país e chegar aos Estados Unidos antes da posse do presidente eleito Donald Trump, marcada para o dia 20 de janeiro.

Os migrantes, impulsionados pelas condições de vida adversas em seus países de origem, buscam escapar da pobreza extrema, da instabilidade política e da violência generalizada. Eles temem que as promessas de Trump, que incluem deportações em massa e uma vasta repressão à imigração, tornem ainda mais difícil a obtenção de asilo nos EUA.

Nestor Pina, um imigrante venezuelano que participa da caravana, fez um apelo à empatia do futuro presidente dos EUA. “Peço a Trump que pense com o coração. Nós não estamos aqui por escolha, mas porque não temos outra opção”, afirmou.

Gilberto Rosales, um hondurenho que também integra o grupo, explicou que nunca havia cogitado deixar sua terra natal. “Fui forçado a tomar essa decisão devido às dificuldades econômicas e à situação política no meu país”, relatou.

Embora sejam movidos pela esperança de uma vida melhor, os imigrantes enfrentam grandes riscos durante a jornada. Muitos relatam situações de extorsão, agressões físicas, abuso sexual, além de serem forçados a cometer crimes ou mesmo assassinados. Apesar dessas ameaças, a busca por segurança e oportunidades continua a impulsionar milhares de pessoas a desafiar as adversidades do caminho.

A situação destaca os desafios humanitários enfrentados por países da região e a complexidade do debate sobre a imigração nos Estados Unidos, que deve ganhar ainda mais atenção com a transição de governo. Enquanto isso, os membros da caravana seguem sua jornada, carregando seus sonhos e medos em direção ao desconhecido.

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