“China fez a única coisa que não podia fazer”, afirma Trump sobre retaliação chinesa às tarifas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou duramente a resposta da China às tarifas impostas pelo governo dos EUA, afirmando que a China fez “a única coisa que não podia fazer” ao retaliar com tarifas similares. A declaração foi feita na sexta-feira (4), após o governo chinês anunciar tarifas de 34% sobre todas as importações americanas, além de restrições às exportações de minerais de terras raras para os Estados Unidos.

Trump havia detalhado, na quarta-feira (2), um plano de tarifas recíprocas que inclui a imposição de taxas de importação mais altas sobre produtos de diversos países, com destaque para a China. A partir desse pacote de tarifas, os produtos chineses terão um aumento de 34%, elevando a carga tarifária total para 54%. Em resposta, a China anunciou medidas semelhantes, incluindo taxas de 34% sobre produtos dos EUA e restrições à exportação de minerais essenciais para a indústria de tecnologia americana.

O presidente dos EUA escreveu em sua rede social, Truth Social, que a reação da China foi uma tentativa equivocada de responder à pressão econômica. “A China jogou errado, eles entraram em pânico — a única coisa que eles não podiam fazer”, afirmou Trump. O presidente também expressou otimismo sobre a possibilidade de os investidores ficarem “mais ricos do que nunca” devido às suas políticas econômicas.

O impacto das novas tarifas no mercado global foi imediato. Os mercados financeiros sofreram fortes quedas em várias partes do mundo, com os índices de ações dos EUA registrando perdas expressivas. O Dow Jones, por exemplo, caiu 2,76%, enquanto o S&P 500 teve uma redução de 3,10%. A situação não foi diferente na Europa, onde os principais índices também enfrentaram quedas acentuadas, com destaque para o DAX da Alemanha (-4,23%) e o CAC 40 da França (-3,95%).

Na Ásia, o impacto das tarifas foi igualmente negativo, com o índice Nikkei 225 do Japão caindo 2,80%, e o Hang Seng de Hong Kong registrando uma queda de 1,52%. A reação global aos anúncios de tarifas gerou um ambiente de incerteza, aumentando os temores de uma desaceleração econômica global.

O aumento das tarifas e as respostas de retaliação entre EUA e China geraram preocupações sobre o impacto na inflação e no consumo, além de aumentarem as tensões comerciais. Especialistas alertam que a guerra tarifária pode resultar em uma desaceleração global, prejudicando o comércio internacional e afetando a recuperação econômica mundial.

Essa escalada na disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo destaca o crescente risco de uma recessão global, com mercados financeiros cada vez mais voláteis e os investidores em busca de segurança em tempos de incerteza econômica.

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