O conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Mike Waltz, e seu vice, Alex Wong, devem deixar seus cargos em breve, segundo fontes ouvidas pela agência Reuters e pela emissora CBS. Caso a saída se confirme, será a primeira grande mudança dentro do círculo mais próximo do presidente Donald Trump desde o início de seu segundo mandato.
Waltz passou a enfrentar pressão após um episódio ocorrido em março, quando acidentalmente adicionou o editor-chefe da revista The Atlantic, Jeffrey Goldberg, a um grupo no aplicativo Signal que reunia autoridades americanas e discutia questões militares confidenciais. O incidente gerou preocupações sobre a segurança das comunicações internas do governo e teve repercussão internacional.
Além desse episódio, o conselheiro também foi criticado por deixar sua conta no aplicativo de pagamentos Venmo aberta ao público, o que permitiu a visualização de interações financeiras sensíveis. Embora Waltz tenha assumido a responsabilidade pelos erros e ainda conte com a confiança de Trump, fontes indicam que membros da Casa Branca vêm pressionando por sua renúncia.
Reportagens do New York Times apontam que parte do gabinete já considerava Waltz excessivamente agressivo, especialmente em contraste com a postura mais cautelosa de Trump em relação a intervenções militares. O conselheiro teria defendido recentemente a aplicação de sanções severas contra a Rússia caso Moscou não aceite um cessar-fogo na guerra com a Ucrânia, proposta apresentada em uma reunião com a equipe de segurança nacional.
Trump, no entanto, tem evitado demitir altos funcionários desde que iniciou seu segundo mandato, buscando projetar estabilidade após um primeiro governo marcado por trocas frequentes e controvérsias. Até o momento, nem a Casa Branca nem Waltz comentaram oficialmente sobre uma possível saída.