Diplomacia Brasileira Celebra Vitória após Veto à Venezuela no Brics; Putin Manifesta Apoio ao Maduro

A recente declaração do presidente russo, Vladimir Putin, em apoio ao governo de Nicolás Maduro, foi interpretada pela diplomacia brasileira como um sinal de vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O posicionamento de Putin, que reconheceu a dificuldade de avançar com a adesão da Venezuela ao Brics, revela a eficácia da estratégia do Brasil em impedir a inclusão do país vizinho como “parceiro” do bloco.

Segundo diplomatas brasileiros, Putin, mesmo relutante, viu-se forçado a adiar suas negociações com Caracas, especialmente após a presença inesperada de Maduro em Kazan, onde buscou reforçar sua posição antes da cúpula. Contudo, essa pressão não foi suficiente para reverter a decisão brasileira, que optou por um veto informal.

A resposta da Venezuela não tardou e foi contundente. Em nota, o governo de Maduro classificou o veto como uma “agressão inexplicável”, acusando o governo Lula de reproduzir o “ódio” do ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar das críticas, o Itamaraty decidiu não responder a essa retórica, avaliando que a postura brasileira foi clara e firme.

Diplomatas ressaltam que o Brasil conseguiu articular sua posição contrária à entrada da Venezuela no Brics, destacando o papel desestabilizador que o país tem representado na América do Sul. Essa manobra diplomática posiciona o Brasil em uma situação desafiadora, enfrentando não apenas a Rússia, que apoia explicitamente Maduro, mas também a China, que mantém uma relação próxima com o governo venezuelano.

O governo Lula, ciente da resistência russa, sabe que Putin ainda não abandonou seus planos de expandir o Brics como uma resposta ao isolamento ocidental resultante da invasão da Ucrânia em 2022. A tensão geopolítica se intensifica, e o Brasil, sob a liderança de Lula, busca consolidar sua influência na região, adotando uma postura mais assertiva em suas relações internacionais.

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