Nesta quinta-feira (5), o dólar apresenta queda, enquanto os investidores continuam a repercutir dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos e aguardam o relatório payroll, previsto para ser divulgado na sexta-feira. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, opera próximo da estabilidade, após ter avançado 1,31% no dia anterior, fechando aos 136.111 pontos.
Dólar em baixa
Às 13h10, a moeda norte-americana caía 0,81%, sendo cotada a R$ 5,5941. No dia anterior, o dólar havia recuado 0,03%, cotado a R$ 5,6396. Mesmo com a queda recente, a moeda acumula:
- Alta de 0,13% na semana e no mês;
- Avanço de 16,22% no ano.
A baixa do dólar é influenciada por dados mais fracos do que o esperado no relatório ADP, que reportou a criação de 99 mil vagas de emprego no setor privado dos EUA em agosto, abaixo da expectativa de 144 mil. Esses números alimentam o temor de uma possível recessão, devido à alta dos juros e ao enfraquecimento da atividade econômica no país.
Ibovespa perto da estabilidade
O Ibovespa oscilava levemente nesta quinta, registrando variação de 0,02% às 13h10, com 136.078 pontos. Na quarta-feira, o índice encerrou com uma alta de 1,31%, acumulando:
- Alta de 0,08% na semana e no mês;
- Ganho de 1,43% no ano.
Os mercados estão sendo influenciados pela expectativa de como o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, reagirá aos dados de emprego e à desaceleração da economia americana. O Livro Bege, divulgado na quarta-feira (4), revelou que a atividade econômica dos EUA se expandiu mais lentamente entre julho e agosto, com um aumento modesto nas pressões inflacionárias e uma redução nas contratações.
Impacto nas decisões do Fed
A divulgação do payroll na sexta-feira será crucial para que investidores possam prever os próximos passos do Fed. Com o enfraquecimento do mercado de trabalho, há expectativa de que o banco central possa reduzir a taxa básica de juros na reunião de política monetária marcada para os dias 17 e 18 de setembro. A dúvida é se o corte será de 0,25 ou 0,50 ponto percentual.
Cenário doméstico
No Brasil, o foco está nas declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a necessidade de discutir o crescimento das despesas obrigatórias, como as previdenciárias. Haddad alertou que, sem controle sobre esses gastos, os recursos discricionários dos ministérios podem se esgotar, o que poderia paralisar algumas funções do governo. O mercado acompanha esses movimentos, especialmente em meio a uma agenda econômica mais leve no país.