Dólar Opera Perto da Estabilidade Após Divulgação de Dados de Inflação nos EUA

O dólar à vista opera próximo da estabilidade nesta quarta-feira, após oscilar entre os campos negativo e positivo enquanto os investidores digerem os dados de inflação nos Estados Unidos, que vieram em linha com o esperado. A inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americana apresentou um aumento de 0,2% em julho e um crescimento de 3% na base anual, conforme estimativas de consenso do LSEG.

Os dados, divulgados um dia após a inflação ao produtor (PPI) ter vindo abaixo do esperado, reforçam as expectativas de corte de juros nos EUA. Essa perspectiva de redução de juros é vista como uma medida para aliviar a economia e estimular o crescimento.

Cotação do Dólar Hoje

Às 12h35, o dólar comercial operava com uma leve queda de 0,07%, cotado a R$ 5,446 na compra e na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) caía 0,19%, a 5.458 pontos.

Na sessão anterior, o dólar à vista fechou em queda de 0,90%, cotado a R$ 5,4491, a menor cotação de fechamento desde 16 de julho.

O Banco Central do Brasil realizará nesta sessão um leilão de até 12.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1 de outubro de 2024.

Cotações do Dólar

  • Dólar Comercial
    • Compra: R$ 5,446
    • Venda: R$ 5,446
  • Dólar Turismo
    • Compra: R$ 5,486
    • Venda: R$ 5,666

Contexto Atual do Dólar

Após cair por seis sessões consecutivas, a divisa americana opera novamente em baixa ante o real. Os dados de inflação ao consumidor dos EUA reforçaram as apostas de corte de juros pelo Banco Central americano, especialmente a possibilidade de um corte mais agressivo de 0,5 ponto percentual, em vez de 0,25.

Andressa Durão, economista do ASA, comentou que a inflação de aluguéis, que havia cedido em junho, voltou a acelerar em julho, trazendo de volta o risco de manutenção da inflação de serviços em um patamar elevado por algum tempo. Segundo ela, embora esse número não altere o cenário de início do ciclo de corte em setembro (-25bps), ele pode levar a revisões altistas das projeções da inflação PCE de julho.

Durão destacou que, mais importante que este dado, serão os dados do mercado de trabalho a serem divulgados no início de setembro. “Os dados do mercado de trabalho terão um papel crucial na decisão do Fed sobre a magnitude dos cortes de juros”, afirmou.

Expectativas do Fed

Autoridades do Federal Reserve (Fed) indicaram disposição para cortar juros, embora tenham sido cautelosas para não se comprometer com um cronograma específico nem especular sobre o ritmo dos cortes. Atualmente, os preços do mercado futuro apontam para uma chance quase igual de uma redução de um quarto ou meio ponto percentual na reunião de 17 a 18 de setembro e pelo menos um ponto inteiro em cortes até o final de 2024.

Com a inflação diminuindo, as preocupações crescentes sobre uma desaceleração do mercado de trabalho estão ganhando mais atenção dos agentes do mercado, que aguardam ansiosamente os próximos indicadores econômicos para ajustar suas expectativas.

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