Dólar oscila com foco nos dados de emprego dos EUA; Ibovespa oscila em meio a tensões no Oriente Médio

O dólar operava em queda nesta sexta-feira (4), com investidores atentos aos novos dados de emprego dos Estados Unidos, que superaram as expectativas do mercado. Já o Ibovespa, principal índice da B3, oscilava entre altas e baixas ao longo do dia, refletindo as incertezas globais.

Os dados divulgados mostraram a criação de 250 mil vagas de emprego não-agrícolas em setembro, além de uma redução da taxa de desemprego para 4,1%, surpreendendo os analistas que previam uma taxa estável em 4,2%. Esses números reforçam a ideia de que o mercado de trabalho dos EUA segue robusto, o que pode manter a pressão inflacionária e influenciar a política monetária do Federal Reserve (Fed).

Com a economia americana ainda mostrando resiliência, há especulações de que o Fed pode desacelerar o ritmo de cortes na taxa de juros, atualmente entre 4,75% e 5% ao ano.

Desempenho do dólar e do Ibovespa

Às 13h15, o dólar registrava queda de 0,33%, cotado a R$ 5,4556. No dia anterior, a moeda norte-americana havia subido 0,54%, encerrando a R$ 5,4734, e chegou a atingir uma máxima de R$ 5,5107.

O Ibovespa, por sua vez, caía 0,02% no mesmo horário, cotado a 131.661 pontos. Na quinta-feira, o índice encerrou em queda de 1,38%, refletindo as tensões internacionais e o impacto das oscilações no preço do petróleo.

Impacto da guerra no Oriente Médio

A escalada dos conflitos no Oriente Médio, envolvendo Israel, Líbano e Irã, continua afetando os mercados globais, com os investidores demonstrando preocupação com a possível ampliação da guerra. O aumento nos preços do petróleo, impulsionado pelos ataques israelenses e a resposta do Irã, elevou o valor da commodity para acima dos US$ 78 o barril.

Essas incertezas aumentam a aversão ao risco e direcionam os investidores para o dólar, visto como um ativo seguro em momentos de crise. Como consequência, ativos de risco, como ações e moedas de mercados emergentes, enfrentam maior volatilidade.

Projeções para o Brasil

No cenário doméstico, as atenções se voltam para a balança comercial de setembro, que será divulgada na tarde desta sexta-feira. Além disso, as perspectivas fiscais do Brasil seguem no radar dos investidores, com a agência de classificação de risco Fitch destacando que a nota de crédito do país, atualmente em BB, dificilmente será elevada no curto prazo devido aos riscos fiscais.

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