Donald Trump será o próximo presidente dos Estados Unidos, após conquistar uma vitória histórica nas eleições presidenciais de 2024. O republicano, que já havia exercido o cargo entre 2017 e 2021, derrotou a democrata Kamala Harris, a vice-presidente em exercício, em uma disputa acirrada. A vitória de Trump marca seu retorno à Casa Branca, tornando-o o primeiro ex-presidente a reassumir a presidência em mais de 130 anos.
Vitória apertada e projeções definitivas
A corrida presidencial parecia indefinida, com disputas muito próximas em estados-chave como Carolina do Norte, Geórgia, Pensilvânia e Wisconsin, conhecidos como “estados pêndulos”, que costumam decidir as eleições. No entanto, Trump conseguiu vitórias surpreendentes nesses estados, somadas aos resultados positivos em outros territórios tradicionalmente republicanos, o que lhe garantiu os 270 votos eleitorais necessários para garantir a presidência. A CBS, parceira da BBC nos EUA, projetou Trump como vencedor da eleição pouco depois das 5h30 (horário de Brasília) do dia seguinte à votação.
Apesar das projeções de vitória, os resultados finais detalhados devem ser confirmados ao longo dos próximos dias, com a contagem de votos em todos os estados. Não é incomum que o processo de verificação das eleições se estenda por semanas.
O que acontece a partir de agora?
Embora Trump tenha sido projetado como vencedor, ele ainda não é oficialmente o presidente dos EUA. O processo constitucional exige que a vitória seja formalmente confirmada pelo Colégio Eleitoral, cujos votos serão computados em uma reunião no Congresso marcada para o dia 6 de janeiro de 2025. Só então, após a confirmação dos votos eleitorais, Trump será oficialmente considerado o presidente eleito.
A cerimônia de posse está agendada para o dia 20 de janeiro de 2025, quando ele assumirá legalmente os poderes e responsabilidades da presidência. Até lá, Trump trabalhará com sua equipe de transição para se preparar para o novo governo, avaliando prioridades políticas, selecionando nomes para cargos-chave e recebendo informes de segurança nacional.
O papel da transição
Entre a eleição e a posse, o presidente eleito e o vice-presidente eleito, JD Vance, começarão a trabalhar com a administração de Joe Biden para garantir uma transferência pacífica de poder. Trump e Vance já receberam proteção do Serviço Secreto e iniciarão a preparação de suas agendas e planos de governo, além de receberem informações sobre segurança nacional e operações militares em andamento.
A transição também envolve reuniões com membros do governo em fim de mandato e a troca de informações críticas para a continuidade da administração federal. Uma das tradições desse período é a visita do presidente eleito à Casa Branca, onde costuma ocorrer um encontro simbólico com o presidente que deixará o cargo. No entanto, em 2020, Trump optou por não comparecer à posse de Joe Biden, embora tenha deixado uma carta manuscrita no Salão Oval para o seu sucessor.
Reações globais
Trump recebeu congratulações de líderes internacionais logo após a vitória. Entre eles, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, se manifestaram de forma positiva, além do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que também enviou cumprimentos ao republicano.
Com a vitória, Trump volta ao centro da política americana, e o país se prepara para mais uma transição presidencial. A partir de 20 de janeiro de 2025, ele retomará a presidência, encerrando um período de quatro anos de governo de Joe Biden, e iniciará o que promete ser um novo capítulo na política dos Estados Unidos.