Eduardo Bolsonaro mantém versão sobre missão dos EUA no Brasil e questiona versão oficial do governo americano

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) intensificou, nesta segunda-feira (5), sua versão de que a visita de um representante dos Estados Unidos ao Brasil teria como foco avaliar a atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e outras autoridades brasileiras. A afirmação contraria um comunicado oficial do governo norte-americano, que nega qualquer relação da missão com temas internos da Justiça brasileira.

De acordo com a Embaixada dos EUA, a visita de David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções do Departamento de Estado, tem como objetivo discutir sanções relacionadas ao combate a organizações criminosas transnacionais, terrorismo e tráfico de drogas. O texto reitera que não haverá tratativas sobre temas internos do Brasil, como decisões do STF.

Mesmo diante da nota oficial, Eduardo Bolsonaro reforçou sua tese nas redes sociais, compartilhando publicações que afirmam que o governo dos EUA — especialmente em uma eventual gestão de Donald Trump — “não admitiria publicamente” que a viagem trata de sanções ligadas a autoridades brasileiras. “Como se os caras fossem dizer publicamente que vão pro Brasil avaliar sanções”, escreveu o deputado.

Eduardo também declarou que Gamble teria reuniões com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), com outros parlamentares da direita e possivelmente com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que teve alta médica neste domingo (4). Segundo ele, a atuação de Moraes e do procurador-geral da República, Paulo Gonet, estariam entre os temas a serem analisados pela delegação americana.

Na tentativa de sustentar sua versão diante da nota da embaixada, o deputado ainda apontou que o corpo diplomático atualmente no Brasil representa a administração de Joe Biden, insinuando que, caso Trump estivesse no poder, o discurso seria outro. “Os Estados Unidos já enviaram um novo embaixador para o Brasil? Não. Então, o corpo diplomático do governo americano no Brasil ainda é da administração Biden? Sim. Então, morreu já por aqui essa história”, afirmou em entrevista ao programa 4 por 4.

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