A Embaixada dos Estados Unidos em Brasília se pronunciou nesta segunda-feira (5) para esclarecer rumores sobre a construção de uma megaestrutura subterrânea de nove andares em sua sede. Em nota oficial, a representação diplomática desmentiu as alegações que circulavam nas redes sociais, destacando que a nova instalação contará com apenas um andar subterrâneo, e não nove, como foi especulado.

De acordo com a embaixada, a confusão surgiu devido a uma interpretação equivocada sobre a fundação do edifício. As estacas que sustentam a construção possuem profundidades de até 30 metros, o que, segundo a assessoria, é necessário para garantir a segurança e a estabilidade da estrutura, de acordo com as normas de construção dos Estados Unidos.

“A nova instalação respeita as características da paisagem de Brasília e tem como objetivo modernizar a embaixada, expandindo em 40% a capacidade de atendimento, especialmente no setor de entrevistas para vistos”, explicou a assessoria da embaixada.

A embaixada também afirmou que o projeto está em conformidade com todos os processos de aprovação e licenciamento necessários, e que desde o anúncio da obra, em 2015, o governo dos Estados Unidos tem trabalhado em estreita colaboração com o governo do Distrito Federal e o Ministério das Relações Exteriores para garantir que todas as autorizações sejam devidamente obtidas.

Polêmica sobre a obra gera questionamentos

A confusão sobre a construção subterrânea levou o deputado Filipe Barros (PL-PR), líder da oposição na Câmara dos Deputados, a protocolar um pedido de esclarecimento à embaixada norte-americana. Barros questionou formalmente o projeto, alegando que a obra poderia levantar preocupações sobre a soberania nacional.

“Por se tratar de uma questão de soberania nacional, estou protocolando um pedido de esclarecimento para que a embaixada americana explique ao povo brasileiro a necessidade de uma estrutura tão grande com nove andares subterrâneos”, afirmou o parlamentar, conforme divulgado pelo colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.

A embaixada, por sua vez, reiterou que as informações divulgadas sobre a obra são imprecisas e reafirmou o compromisso com o cumprimento das regulamentações brasileiras e com a transparência em relação ao projeto.