O esquilo Peanut, famoso nas redes sociais com mais de 572 mil seguidores, foi sacrificado na última sexta-feira, dia 1º, após ser apreendido pelo Departamento de Conservação Ambiental (DEC) de Nova York. O caso gerou grande repercussão e indignação entre os seguidores do animal, que acompanhavam a vida de Peanut e outros animais exóticos mantidos por seu tutor, Mark Longo, em Pine City, Nova York.

O Caso

Tudo começou quando vizinhos denunciaram Longo por manter animais selvagens de forma ilegal em casa, o que representaria um risco à saúde pública. Em uma operação realizada pelo DEC, Peanut e um guaxinim chamado Fred foram apreendidos. Durante o procedimento, houve um incidente em que um dos agentes foi mordido pelo esquilo. De acordo com informações da CBS New York, o DEC justificou a eutanásia dos animais como necessária para a realização de “testes sanitários”.

A notícia do sacrifício de Peanut desencadeou uma forte reação nas redes sociais. Seguidores do esquilo rapidamente organizaram uma campanha online e um abaixo-assinado no Change.org, que já conta com cerca de 55 mil assinaturas pedindo “justiça para Peanut”. Mark Longo também expressou sua revolta nas redes, criticando a abordagem das autoridades e descrevendo o episódio como uma “violação desnecessária” da tranquilidade familiar. “Peanut era mais do que um animal de estimação; ele era parte da nossa família. Eu nunca pensei que perderia ele desta forma”, declarou Longo.

A Lei e a Posse de Animais Silvestres nos EUA

Nos Estados Unidos, a posse de animais selvagens como animais de estimação é regulada e frequentemente proibida, com variações nas normas de estado para estado. Em Nova York, a legislação proíbe a manutenção de animais selvagens, incluindo esquilos, sem a devida licença especial. Em comunicado, o DEC reforçou que as regulamentações visam proteger a saúde pública e o bem-estar dos animais, além de prevenir incidentes em ambientes domésticos.

Para aqueles que desejam cuidar de animais silvestres, é obrigatória a obtenção de uma licença de reabilitação da vida selvagem. Esse processo exige treinamento específico e experiência prática em centros especializados, visando garantir a segurança e o bem-estar dos animais e das pessoas ao seu redor. Sem essa licença, a posse de animais selvagens em residências é vetada.

Repercussão e Debate sobre a Conservação Animal

A morte de Peanut trouxe à tona o debate sobre a posse de animais exóticos em áreas urbanas e os desafios para quem deseja cuidar de espécies silvestres. A campanha por “justiça para Peanut” também destaca a crescente conscientização e preocupação sobre o bem-estar de animais que conquistam a simpatia do público, especialmente nas redes sociais.

Enquanto as autoridades reafirmam a importância de cumprir as regulamentações para proteger a saúde pública, o caso de Peanut levanta questões sobre a forma como animais de estimação não convencionais são tratados e a relação entre a popularidade nas redes sociais e a legislação sobre animais silvestres.

Para Longo e os fãs de Peanut, a perda do esquilo representa mais do que uma questão legal; simboliza o impacto emocional e o vínculo entre pessoas e animais que transcendem as normas comuns.