As Forças Armadas dos Estados Unidos realizaram uma série de ataques aéreos nesta sexta-feira (4), bombardeando mais de uma dúzia de alvos controlados pelos houthis no Iêmen. O grupo, que recebe apoio do Irã, havia ameaçado intensificar suas operações contra Israel, o que desencadeou a resposta militar norte-americana.
Os ataques destruíram bases militares, instalações de armas e outros equipamentos dos houthis, com alvos em diversas regiões estratégicas. De acordo com a mídia controlada pelos rebeldes, sete ataques atingiram o aeroporto de Hodeida e a área de Katheib, onde se encontra uma base militar. Outros ataques foram registrados em Sanaa, capital do país, e nas províncias de Dhamar e Bayda.
As ações dos EUA ocorrem em um contexto de escalada das tensões, poucos dias após os houthis derrubarem um drone norte-americano que sobrevoava o Iêmen. Além disso, na semana passada, o grupo reivindicou um ataque contra navios de guerra dos EUA no Estreito de Bab el-Mandeb, uma importante rota de navegação que conecta o Mar Arábico ao Mar Vermelho. Apesar dos disparos de mísseis e drones, todos os ataques foram interceptados pela Marinha americana.
Os houthis, que há anos lutam no conflito iemenita, têm intensificado suas ações desde o início da guerra entre Israel e Hamas em Gaza, expressando apoio à causa palestina. Desde outubro, eles atacaram mais de 80 navios comerciais com mísseis e drones, apreendendo uma embarcação, afundando duas e causando a morte de quatro marinheiros.
O grupo rebelde defende a suspensão do bloqueio israelense à Faixa de Gaza e tem atacado embarcações com destino a Israel, na tentativa de pressionar as Forças de Defesa Israelenses (IDF). Embora muitos dos navios atacados não tenham ligação direta com o conflito, o grupo afirma que seu alvo são embarcações vinculadas aos EUA ou ao Reino Unido.
Os recentes ataques demonstram o aumento da instabilidade na região e a ampliação do conflito no Oriente Médio, envolvendo diretamente potências internacionais como os Estados Unidos.