EUA Adiarão Negociações Tarifárias com o Canadá até Novo Premiê Assumir

O Secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, declarou nesta quarta-feira (12) que Washington não iniciará negociações tarifárias com o Canadá até que Mark Carney, líder eleito do Partido Liberal canadense, assuma oficialmente o cargo de primeiro-ministro. A afirmação foi feita em entrevista à Fox Business, um dia antes da visita do líder da província canadense de Ontário, Doug Ford, a Washington.

Ford pretende se reunir com Lutnick para tentar reduzir as tensões entre os dois países, que se intensificaram devido às tarifas alfandegárias impostas pelo governo do presidente Donald Trump. No entanto, Lutnick minimizou as expectativas sobre o encontro, afirmando que terá “uma boa conversa” com Ford para “baixar a temperatura”, mas que as negociações oficiais só ocorrerão após a posse do novo primeiro-ministro canadense.

Carney foi eleito no último domingo (9) para substituir Justin Trudeau nos próximos dias. Lutnick também comentou sobre a instabilidade política no Canadá, sugerindo que o governo pode convocar eleições antecipadas em três semanas.

A reunião entre Ford e Lutnick acontece após Trump ameaçar dobrar as tarifas sobre o aço e o alumínio canadenses de 25% para 50%. A medida seria uma resposta à decisão de Ontário de aumentar em 25% o preço da eletricidade fornecida aos EUA, o que foi visto como uma retaliação ao tom agressivo adotado por Trump em relação ao Canadá nos últimos meses.

Diante da escalada da disputa comercial, Ford anunciou a suspensão temporária do aumento da tarifa de eletricidade. Como resultado, o governo dos EUA recuou e decidiu manter a tarifa de 25% sobre o aço e o alumínio canadenses, aplicando-a de forma igual a outros países.

Desde seu retorno à Casa Branca, em 20 de janeiro, Trump tem utilizado tarifas como estratégia para corrigir o que considera déficits comerciais prejudiciais aos EUA. Além disso, a medida também tem sido empregada como forma de pressão sobre o Canadá, o México e a China para conter o fluxo de fentanil através das fronteiras americanas.

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