O governo dos Estados Unidos anunciou na sexta-feira (4) uma nova assistência humanitária ao Líbano no valor de quase US$ 157 milhões, em resposta às crescentes necessidades decorrentes do conflito com Israel. O Secretário de Estado americano, Antony Blinken, declarou que o financiamento busca apoiar as populações afetadas pela intensificação da campanha militar israelense contra o Hezbollah no sul do Líbano, que gerou deslocamentos em massa.
“Esse financiamento atenderá às novas e já existentes necessidades de pessoas deslocadas internamente e populações refugiadas dentro do Líbano, além das comunidades que os acolhem”, disse Blinken em um comunicado. Ele acrescentou que a ajuda também se estenderá às pessoas que estão fugindo para a Síria.
Nas últimas semanas, centenas de milhares de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas, incluindo mais de 100 mil libaneses e sírios que cruzaram a fronteira em direção à Síria, segundo dados das Nações Unidas. O conflito, desencadeado pela ofensiva militar de Israel contra o grupo Hezbollah, agravou a já frágil situação humanitária no Líbano, que lida com uma crise econômica prolongada e a presença de um grande número de refugiados sírios.
Embora os Estados Unidos continuem a apoiar as ações militares de Israel, autoridades americanas expressaram preocupações sobre o impacto humanitário do conflito. “Acreditamos que é apropriado que Israel, neste momento, esteja trazendo terroristas à justiça e tentando realizar essas incursões limitadas, que pelo menos até este ponto são limitadas, tentando afastar o Hezbollah da fronteira”, afirmou Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado, na quinta-feira (3).
No entanto, Miller destacou que o objetivo final do governo americano é alcançar uma resolução diplomática para o conflito. A ajuda humanitária anunciada representa um esforço dos EUA para mitigar as consequências humanitárias enquanto a tensão na região continua a escalar.
O apoio dos Estados Unidos ao Líbano ocorre em um contexto de crescente pressão internacional por uma solução pacífica, com a preocupação de que o conflito possa se expandir para além das fronteiras regionais. As autoridades americanas reafirmam seu compromisso de buscar uma solução negociada, ao mesmo tempo em que fornecem auxílio emergencial para aliviar o sofrimento das populações afetadas.