A embaixada dos Estados Unidos na Venezuela manifestou forte condenação ao que chamou de “mandado de prisão injustificado” emitido contra Edmundo González, opositor que enfrentou Nicolás Maduro nas eleições presidenciais da Venezuela.

Na última segunda-feira (2), a Justiça venezuelana emitiu um mandado de prisão contra González a pedido do Ministério Público, acusando-o de diversos crimes, incluindo usurpação de cargos, falsificação de documento público, instigação à desobediência às leis, associação criminosa e formação de quadrilha.

“Em vez de aceitar a derrota eleitoral e se preparar para uma transição pacífica na Venezuela, Maduro tenta prender o líder democrático que o derrotou de forma esmagadora nas urnas”, declarou a embaixada americana em uma publicação na rede social X, acessada pela CNN por meio de um correspondente internacional. “Edmundo González promoveu a reconciliação nacional, e nos somamos à crescente lista de parceiros internacionais que condenam este mandado de prisão injustificado”, acrescentaram.

Brian Nichols, subsecretário de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental dos EUA, compartilhou o mesmo comunicado em suas redes sociais, reforçando o posicionamento do governo americano. Além dos Estados Unidos, diversos países da América Latina também criticaram a ordem de prisão. Josep Borrell, chefe de Política Externa da União Europeia, juntou-se ao coro de críticas à medida.

O mandado de prisão foi solicitado pelo Ministério Público após González ter faltado à sua terceira convocação para depor sobre o site “Resultados com VZLA”, que divulgou supostas atas da eleição presidencial de 28 de julho.