EUA Impõem Tarifas de 100% Sobre Carros Elétricos Chineses

O governo dos Estados Unidos, sob a administração de Joe Biden, anunciou nesta sexta-feira (13) uma série de novas tarifas sobre a importação de produtos chineses, incluindo carros elétricos, que serão taxados em até 100%. As medidas fazem parte de um esforço para enfrentar as “políticas e práticas específicas” da China, que, segundo o governo americano, impactam negativamente os trabalhadores e empresas dos EUA.

As novas tarifas abrangem setores estratégicos, como semicondutores e energias renováveis. Carros elétricos chineses serão os mais afetados, com uma tarifa de 100%, enquanto baterias desses veículos terão uma taxação de 25%. Painéis solares e semicondutores também entram na lista, com taxas de até 50%, sendo que as tarifas sobre semicondutores entrarão em vigor em 1º de janeiro de 2025. As novas regras serão aplicadas a partir de 27 de setembro.

“Essas medidas visam reforçar políticas que beneficiem os trabalhadores e empresas americanas, combatendo práticas comerciais desleais da China”, declarou Katherine Tai, representante de Comércio dos EUA. O pacote de tarifas foi originalmente apresentado por Biden em maio deste ano.

O documento divulgado detalha que as tarifas afetarão cerca de US$ 18 bilhões em importações anuais de setores considerados estratégicos. Isso é uma continuação das medidas implementadas durante o governo de Donald Trump, que aplicou tarifas sobre cerca de US$ 300 bilhões em produtos chineses.

Em meio à corrida eleitoral americana, o debate sobre as tarifas continua. Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, criticou as políticas de Trump, acusando-o de iniciar “guerras econômicas” com a China e a União Europeia. Trump, por sua vez, argumentou que as tarifas que ele estabeleceu geraram receita significativa para os EUA e que o governo Biden não as removeu por esse motivo. Trump promete, se reeleito, aumentar ainda mais essas taxas.

Além das tarifas, o governo Biden busca eliminar isenções fiscais para alguns produtos importados diretamente da China, incluindo têxteis e vestuário vendidos por plataformas populares como Shein e Temu. Essa decisão pode ter impacto significativo sobre as importações de roupas e outros bens de consumo vindos da China.

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