EUA mantêm sistema de mísseis nas Filipinas e testam uso em cenário de guerra, apesar de pressão chinesa

Os Estados Unidos decidiram manter um sistema de mísseis de médio alcance nas Filipinas, apesar das exigências da China para sua remoção. O sistema, conhecido como Typhon, é capaz de ser equipado com mísseis de cruzeiro e tem o alcance necessário para atingir alvos chineses, sendo parte de uma estratégia mais ampla dos EUA para conter a influência de Pequim na região do Indo-Pacífico. Segundo fontes com conhecimento do assunto, Washington está testando a viabilidade do uso desse armamento em um possível conflito regional.

Inicialmente implantado durante exercícios militares conjuntos no início deste ano, o sistema Typhon permaneceu nas Filipinas após as manobras, uma decisão que intensificou a tensão com a China. O arquipélago filipino, vizinho ao sul de Taiwan, é considerado uma posição estratégica crucial para os EUA, especialmente em um cenário de confronto com a China envolvendo a ilha de Taipé.

Pequim e Moscou condenaram veementemente a presença do sistema Typhon na região, acusando os Estados Unidos de promover uma corrida armamentista. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, expressou forte preocupação com a manutenção do sistema, afirmando que ele “ameaça seriamente a segurança dos países da região e intensifica o confronto geopolítico”.

A situação é particularmente delicada devido ao conflito em curso entre Filipinas e China sobre a soberania de partes do Mar do Sul da China, uma das áreas marítimas mais disputadas do mundo. Nos últimos meses, a tensão tem aumentado, com vários confrontos marítimos e aéreos entre os dois países ocorrendo na região.

As Filipinas, aliadas dos EUA através de um tratado de defesa, desempenham um papel importante na estratégia de Washington para a Ásia, sendo vistas como um ponto essencial para a defesa de Taiwan em caso de um ataque chinês. A permanência do sistema de mísseis reforça o compromisso dos EUA em apoiar suas alianças regionais e garantir a segurança no Indo-Pacífico, mesmo diante da crescente pressão de Pequim.

Relacionadas

Últimas notícias