Washington, 29 de setembro de 2024 – O Pentágono anunciou neste domingo que os Estados Unidos estão ampliando sua presença militar no Oriente Médio, com o envio de tropas e reforços aéreos, em resposta ao assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah. A medida visa conter possíveis retaliações do grupo xiita e de seus aliados, como o Irã, que poderiam desestabilizar ainda mais a região. A decisão surge em meio a temores de que novos conflitos possam eclodir, trazendo graves consequências.
A ampliação das operações americanas foi anunciada apenas dois dias depois de o presidente Joe Biden solicitar ao Pentágono ajustes nas forças militares no Oriente Médio, em função do aumento das tensões após a morte de Nasrallah. Segundo a agência de notícias Reuters, Biden reafirmou o compromisso de proteger os interesses e o pessoal dos Estados Unidos na região.
“Os Estados Unidos estão determinados a impedir que o Irã e seus parceiros e proxies expandam o conflito. Se esses grupos utilizarem esse momento para atacar nossos interesses, tomaremos todas as medidas necessárias para defender nosso povo”, afirmou o porta-voz do Pentágono, Major General Patrick Ryder, em comunicado oficial.
Ainda na última segunda-feira (23), o governo americano enviou um pequeno contingente adicional de tropas ao Oriente Médio, embora detalhes sobre o número de soldados e suas localizações específicas não tenham sido divulgados por questões de segurança. Ryder destacou que essas ações estão sendo conduzidas com extrema cautela, para evitar a escalada das hostilidades.
Esse movimento dos EUA também é uma resposta às recentes ações do Irã. Em abril, o governo americano ajudou a interceptar centenas de mísseis e drones lançados por forças iranianas contra Israel. O ataque iraniano foi uma represália ao bombardeio de um consulado iraniano em Damasco, na Síria.
Conflito Regional Aumenta Número de Vítimas no Líbano
Enquanto isso, no Líbano, os ataques aéreos israelenses realizados no domingo mataram 105 pessoas e feriram outras 359, de acordo com o Ministério da Saúde do Líbano. Os combates entre Israel e o Hezbollah se intensificaram nas últimas semanas, com o conflito já resultando em aproximadamente mil mortos no Líbano, entre 16 e 27 de setembro, incluindo 56 mulheres e 87 crianças. Cerca de 6 mil pessoas ficaram feridas durante esse período.
O presidente Joe Biden afirmou que conversará com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em um esforço diplomático para evitar uma escalada ainda maior, que poderia levar a uma guerra em escala total no Oriente Médio.