Evo Morales, principal líder de esquerda da Bolívia e um dos nomes mais proeminentes da política sul-americana, voltou a criticar os Estados Unidos, afirmando que o país norte-americano se considera dono dos recursos naturais do mundo. Morales, um líder indígena e cocaleiro, foi eleito presidente da Bolívia em 2005 e reeleito duas vezes. No entanto, sua última reeleição em 2019 mergulhou o país em uma crise política.
Na ocasião, Morales foi acusado de tentar contornar normas constitucionais para buscar mais um mandato. As eleições foram consideradas fraudulentas pela Organização dos Estados Americanos (OEA), levando a uma escalada de tensões que culminou na renúncia de Morales. Agora, ele tenta viabilizar uma nova candidatura à presidência.
Em 2023, o Tribunal Constitucional da Bolívia decidiu que não é possível exercer mais de dois mandatos presidenciais, sejam eles consecutivos ou descontínuos. No entanto, Morales tem uma interpretação diferente sobre essa decisão e continua a buscar maneiras de retornar ao poder.
Além disso, Morales está envolvido em uma disputa de poder com seu ex-aliado, Luis Arce, o atual presidente da Bolívia. Essa rivalidade interna no partido de esquerda boliviano complicou ainda mais o cenário político do país.