Explosões perto do STF em Brasília geram repercussão internacional e alerta para o encontro do G20 no Brasil

Na noite de quarta-feira (13), explosões perto do Supremo Tribunal Federal (STF) e no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, em Brasília, resultaram na morte de um homem e geraram grande repercussão na imprensa internacional. Os veículos estrangeiros destacaram a proximidade da cúpula do G20, que ocorrerá no Rio de Janeiro, atraindo líderes de diversas nações, incluindo o presidente dos EUA, Joe Biden.

As explosões aconteceram com intervalo de 20 segundos e forçaram a suspensão de sessões na Câmara e no Senado, embora o STF já estivesse vazio, com ministros e servidores retirados em segurança. O presidente Lula já havia deixado o Palácio do Planalto e, por isso, não houve necessidade de evacuação do prédio. A Polícia Federal (PF) e a Polícia Civil do Distrito Federal abriram investigações sobre o caso, que será encaminhado ao ministro do STF Alexandre de Moraes.

Repercussão Internacional

The New York Times (EUA) – O jornal americano informou que as autoridades brasileiras tratam o incidente como um “bombardeio solitário” e que muitos brasileiros de direita consideram o STF uma ameaça à democracia, acusando a Corte de perseguir vozes conservadoras. O veículo destacou a proximidade do encontro do G20, no qual são esperados Joe Biden e outros líderes globais.

El País (Espanha) – O jornal espanhol destacou que as “duas explosões com um morto” colocaram o “coração político do Brasil em alerta máximo”. A reportagem relembrou os ataques de 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram os prédios do governo em Brasília. Na ocasião, centenas de envolvidos foram condenados por crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado.

Le Monde (França) – Para o jornal francês, as explosões “levantam temores de um ataque contra as instituições”. A publicação mencionou que o autor das explosões era um apoiador de Bolsonaro, e observou a proximidade da cúpula do G20 no Brasil, indicando possíveis preocupações de segurança para o evento.

The Guardian (Reino Unido) – A cobertura do jornal britânico focou na segurança para o G20, afirmando que o incidente levanta “preocupações de segurança antes da reunião de líderes globais”. A manchete destacou a gravidade do caso e sua proximidade com o evento internacional.

La Nación (Argentina) – O jornal argentino descreveu uma “forte operação” após as explosões e relembrou os ataques de 8 de janeiro. A publicação frisou que a principal questão para as autoridades será identificar as motivações por trás do atentado.

Al Jazeera (Catar) – O canal do Oriente Médio informou que autoridades e chefes de poderes mantiveram contato após o incidente, e funcionários do governo expressaram preocupação com o contexto das explosões, que aconteceram às vésperas da chegada de 55 delegações de 40 países e 15 organizações internacionais para o G20.

Deutsche Welle (Alemanha) – O veículo alemão relatou que o homem morreu ao detonar uma bomba e destacou que o STF tem sido alvo de ameaças de grupos de extrema direita e apoiadores de Bolsonaro, especialmente devido ao seu combate à desinformação.

Contexto e Investigações

A Polícia Federal abriu um inquérito que será conduzido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, enquanto a Polícia Civil do Distrito Federal também iniciou investigações. Embora os indícios iniciais apontem para um ataque isolado, o incidente ocorre em um contexto de crescente tensão e de atos de violência ligados a apoiadores extremistas de direita, os quais veem o STF como uma ameaça aos seus interesses políticos.

A repercussão global reflete a relevância da estabilidade política do Brasil, especialmente às vésperas do G20, em que a segurança será um ponto crucial para a imagem do país diante das nações participantes.

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