Em uma investigação divulgada nesta quarta-feira (18), o FBI e outras agências dos Estados Unidos apontaram que o Irã tentou influenciar as eleições presidenciais americanas, vazando documentos roubados da campanha de Donald Trump para a equipe de Joe Biden. Os arquivos, fruto de um ciberataque orquestrado por hackers iranianos, foram enviados sem solicitação para membros da campanha democrata, levantando preocupações sobre a segurança das eleições e a influência estrangeira nos processos eleitorais dos EUA.
A investigação revelou que os materiais roubados foram encaminhados para membros do Partido Democrata através de e-mails pessoais. No entanto, a equipe de Biden considerou os e-mails como uma possível tentativa de spam e não utilizou os documentos. Apesar disso, o FBI informou que o Irã persistiu em suas tentativas de vazar os documentos de Trump, incluindo o envio dos arquivos para a imprensa americana.
Donald Trump, que concorreu à presidência pelo Partido Republicano, é o principal foco do ataque cibernético. Enquanto isso, Joe Biden, que inicialmente iniciou sua campanha de reeleição pelos democratas, acabou desistindo da corrida em julho, sendo substituído por sua então vice-presidente, Kamala Harris.
Em agosto, o FBI havia alertado que o Irã estava conduzindo operações hackers com o objetivo de interferir no processo eleitoral dos Estados Unidos, visando minar a confiança nas instituições democráticas do país. As investigações também estão analisando uma possível tentativa de invasão cibernética na campanha de Kamala Harris.
O governo iraniano nega qualquer envolvimento ou tentativa de influenciar as eleições americanas, enquanto as autoridades americanas seguem investigando o caso e seus possíveis desdobramentos.