Fed mantém juros inalterados e alerta para risco de inflação persistente

O Federal Reserve (Fed) manteve a taxa básica de juros entre 4,25% e 4,50% ao ano na reunião de 6 e 7 de maio e, segundo a ata divulgada nesta quarta-feira (28), a decisão refletiu preocupações com o risco de “inflação mais persistente que o esperado”. Foi a terceira reunião consecutiva sem alterações na taxa, após um ciclo de três cortes iniciado em setembro de 2024.

Ainda de acordo com a ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), “quase todos os participantes comentaram sobre o risco de a inflação se mostrar mais persistente do que o esperado” e destacaram possíveis “trade-offs difíceis” entre controlar pressões de preços e preservar o emprego, devido ao aumento dos riscos de desemprego.

No comunicado que acompanhou a decisão, o Fed já havia afirmado que, ao avaliar ajustes adicionais na taxa, levaria em conta “os dados recebidos, a evolução das perspectivas e o balanço de riscos”, além de manter o compromisso de “apoio ao emprego máximo e retorno da inflação à meta de 2%”. O documento reforçou que o comitê está “preparado para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado” caso surjam novos riscos que possam comprometer seus objetivos.

Segundo a ata, os membros do Fed também concordaram em continuar reduzindo seus ativos em títulos do Tesouro, de agências federais e lastreados em hipotecas, como parte do processo de normalização do balanço. As decisões futuras considerarão leituras sobre condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias, expectativas de inflação e desenvolvimentos financeiros e internacionais.

Em abril, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA registrou alta anual de 2,3%, ligeira queda frente aos 2,4% de março, e avançou 0,2% na comparação mensal. Embora acima da meta de 2%, a inflação anual se mantém abaixo de 3% desde julho de 2024. A autoridade monetária mantém a cautela diante da possibilidade de pressões de preços mais duradouras e observa atentamente os próximos indicadores econômicos antes de qualquer nova alteração na taxa de juros.

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