Nas últimas duas semanas, mais de 300 mil pessoas fugiram do Líbano em direção à Síria, à medida que os conflitos na região se intensificam. Um recente ataque aéreo israelense atingiu uma estrada que liga o Líbano à Síria, interrompendo uma das principais rotas de fuga para civis libaneses. Israel alegou que a via estava sendo utilizada pelo Hezbollah para transportar armamentos e equipamentos militares.
Em Beirute, os moradores acordaram em meio a mais destruição nos subúrbios da capital, resultado de bombardeios noturnos israelenses. De acordo com fontes israelenses, o ataque tinha como alvo um bunker do Hezbollah, que supostamente abrigava o quartel-general de inteligência do grupo. O objetivo era atingir Hashem Safi Al Din, cotado como possível sucessor do líder Hassan Nasrallah, morto em ataques recentes.
No Irã, uma cerimônia marcou a homenagem ao líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, com a presença do aiatolá Ali Khamenei. Em discurso, Khamenei defendeu os ataques iranianos contra Israel, que ocorreram no início da semana, quando o Irã disparou cerca de 200 mísseis. O aiatolá também alertou sobre possíveis novos ataques contra o território israelense.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta sexta-feira (5) que está avaliando a imposição de novas sanções contra o Irã, enquanto Israel ainda considera suas opções de retaliação. Biden sugeriu que os israelenses ponderem suas ações para evitar atingir a infraestrutura petrolífera iraniana.
Enquanto isso, o Hezbollah continuou seus ataques, disparando mais de 180 foguetes contra Israel nesta sexta-feira (4). O Exército israelense, em resposta, intensificou suas operações no sul do Líbano, ordenando a evacuação de 35 vilarejos. Segundo as forças armadas israelenses, a ofensiva terrestre já resultou na morte de cerca de 250 combatentes do Hezbollah. O governo libanês, por sua vez, relatou que o número de mortos em ataques israelenses desde 2023 já ultrapassou 2 mil.