A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta sexta-feira (9) a aprovação de uma nova doação do governo dos Estados Unidos ao Fundo Amazônia, no valor de US$ 47 milhões, equivalente a R$ 270 milhões na cotação atual. Com essa contribuição, o total doado pelo presidente norte-americano Joe Biden ao fundo atinge US$ 50 milhões (cerca de R$ 285 milhões).
A embaixada americana informou que Biden está trabalhando para assegurar o financiamento restante, totalizando US$ 500 milhões até 2028. A doação atual faz parte de um esforço contínuo para apoiar o Fundo Amazônia, que foi revitalizado com a retomada da gestão pelo governo Lula após a paralisação durante a administração Bolsonaro.
Desde o reinício das atividades, o Fundo Amazônia recebeu novos contratos que somam aproximadamente R$ 1,4 bilhão e tem intenções de doações de cerca de R$ 3,1 bilhões, considerando a cotação atual. Criado em 2008, o fundo visa promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia e financiar projetos de combate ao desmatamento, incluindo combate a incêndios, apoio a equipamentos e regularização fundiária, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Durante o governo Bolsonaro, o fundo enfrentou paralisações devido a acusações de irregularidades e tentativas de maior controle governamental, o que afetou as relações com os países doadores. Até então, Noruega e Alemanha, além da Petrobras, eram os principais contribuintes.
Atualmente, o BNDES gerencia 114 projetos apoiados, com investimentos totais de cerca de R$ 2,5 bilhões, beneficiando aproximadamente 239 mil pessoas e gerando R$ 317 milhões em receitas. Os recursos também apoiaram 101 terras indígenas e 196 unidades de conservação, fortalecendo a gestão de mais de 74 milhões de hectares na Amazônia.