Furacão Helene causa mais de 80 mortes e destruição no sul dos EUA

O furacão Helene, que atingiu a costa dos Estados Unidos na quinta-feira (26), deixou um rastro de devastação em vários estados do sul do país, com 84 mortes confirmadas até o domingo (29). Estados como Flórida, Geórgia, Carolina do Sul, Tennessee e Carolina do Norte foram fortemente atingidos pela tempestade, que se destacou por sua intensidade, abrangência e velocidade.

Destruição generalizada

O furacão chegou pela região de Big Bend, na Flórida, e rapidamente mostrou seu poder. Na Baía de Tampa, as águas subiram até os sótãos das casas, enquanto em Atlanta, na Geórgia, a cidade registrou 279 milímetros de chuva em 48 horas, o maior volume já registrado. As inundações e ventos fortes derrubaram árvores, deixando milhões sem energia elétrica e isolando comunidades inteiras.

Na Carolina do Sul, mais de 40% do estado ficou sem eletricidade devido à queda de árvores. Já na Carolina do Norte, barragens ficaram sob risco de colapso, e enchentes deixaram um hospital no Tennessee submerso, forçando o resgate de mais de 50 pacientes por helicóptero.

Furacão extenso e acelerado

De acordo com Dan Brown, especialista do National Hurricane Center, o Helene tinha uma combinação destrutiva de fatores: uma extensão de cerca de 560 quilômetros de diâmetro, ventos de até 225 km/h e uma aceleração rápida, movendo-se a 48 km/h em terra. Essas características, segundo ele, aumentaram o potencial de destruição em larga escala, comparável a outros furacões devastadores como Agnes (1972), Hugo (1989) e Ivan (2004).

Impacto nos estados

  • Flórida: Ventos de 193 km/h provocaram inundações de até 4,5 metros na costa oeste. Nove pessoas se afogaram em Tampa após ignorarem ordens de evacuação.
  • Geórgia: Mais de 20 pessoas morreram, incluindo uma mãe e seus gêmeos de 1 mês, além de uma idosa de 89 anos, todas vítimas de quedas de árvores.
  • Carolina do Norte: Fortes chuvas causaram deslizamentos de terra e inundações em Asheville, matando pelo menos 30 pessoas.
  • Carolina do Sul: A queda de árvores foi a principal causa de mortes, com ao menos 10 vítimas fatais, incluindo dois bombeiros e quatro pessoas de uma mesma família.
  • Tennessee: Rios transbordaram e ameaçaram barragens. Pacientes de um hospital foram resgatados por helicópteros após o local ser inundado.

O furacão Helene trouxe à tona mais uma vez a vulnerabilidade de regiões costeiras e montanhosas a eventos climáticos extremos, reforçando a necessidade de medidas preventivas eficazes para minimizar os danos em futuros desastres naturais.

Relacionadas

Últimas notícias