O furacão Helene causou devastação em várias regiões dos Estados Unidos, deixando pelo menos 14 mortos e mais de 4,5 milhões de pessoas sem energia elétrica. Seis estados já declararam emergência devido ao fenômeno, que quebrou recordes estabelecidos anteriormente pelo furacão Idalia, em agosto de 2023.
O Helene atingiu a costa da Flórida na noite de quinta-feira (26) como um furacão de categoria 4, com ventos de até 225 km/h, antes de se enfraquecer para uma tempestade tropical ao avançar em direção à Geórgia. Governadores da Flórida, Geórgia, Alabama, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Virgínia declararam estado de emergência.
Na Geórgia, o governador Brian Kemp alertou para novos impactos, especialmente na área metropolitana de Atlanta, que enfrenta uma emergência de enchente repentina após registrar seu período mais chuvoso em 104 anos. Na Flórida, o governador Ron DeSantis relatou a morte de uma pessoa em Tampa, enquanto uma menina de quatro anos morreu em um acidente de carro na Carolina do Norte.
Especialistas já indicam que o Helene quebrou recordes de maré de tempestade na Flórida, anteriormente estabelecidos pelo furacão Idalia. A maré de tempestade, considerada a maior causa de mortes por furacões, pode atingir até seis metros de altura na região de Big Bend, onde o Helene tocou a costa.
Destruição generalizada e operações de resgate
A passagem do furacão causou destruição em vários estados, com ventos fortes derrubando árvores e inundações em diversas áreas. O NHC (Centro Nacional de Furacões) informou que as chuvas e ventos continuam intensos nas montanhas do sul dos Apalaches, com risco de deslizamentos de terra. Aeroportos em Tampa e Tallahassee foram fechados, e a Guarda Nacional foi mobilizada para operações de resgate e recuperação de energia.
Em alguns condados da Flórida, como o de Taylor, as autoridades recomendaram que os moradores escrevessem seus nomes e informações pessoais em seus corpos para facilitar a identificação em caso de fatalidades.
Impacto internacional
Antes de atingir os EUA, o furacão Helene passou pelo México e Cuba. Na Península de Yucatán, no México, o fenômeno inundou ruas e derrubou árvores, afetando a cidade turística de Cancún. Em Cuba, mais de 200 mil residências ficaram sem energia.
O Helene é a oitava tempestade da atual temporada de furacões no Atlântico, que começou em 1º de junho. Especialistas da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) previram uma temporada acima da média, impulsionada pelas temperaturas recordes nos oceanos.