O governo do presidente Donald Trump está analisando uma proposta que prevê o pagamento de até US$ 5 mil para mulheres americanas que optarem por engravidar, como parte de um plano mais amplo para incentivar o crescimento populacional no país. A medida, ainda em fase de avaliação, foi revelada inicialmente pelo jornal The New York Times e tem sido considerada por assessores da Casa Branca como uma possível resposta à queda nas taxas de natalidade nos Estados Unidos.
Durante um encontro com repórteres na última terça-feira, Trump sinalizou apoio à proposta, afirmando: “Parece uma boa ideia para mim.” A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, reforçou o posicionamento ao declarar, em entrevista à emissora ABC, que o presidente está “orgulhosamente implementando políticas para ampliar as famílias americanas”.
Segundo Leavitt, a intenção do governo é promover um ambiente seguro para a criação de crianças e oferecer melhores oportunidades às próximas gerações. “Como mãe, tenho orgulho de trabalhar para um presidente que está tomando medidas significativas para deixar um país melhor para a próxima geração”, afirmou.
A proposta surge em meio a dados do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde, vinculado ao CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), que indicam uma contínua queda na taxa de natalidade no país. Em 2023, a taxa foi de 54,5 nascimentos para cada mil mulheres entre 15 e 22 anos, representando uma redução de 3% em relação ao ano anterior. O número total de nascimentos naquele ano foi de aproximadamente 3,6 milhões — o mais baixo já registrado nos Estados Unidos.
Além do incentivo financeiro à natalidade, a Casa Branca também estaria considerando outras medidas para promover o casamento e a formação de famílias, de acordo com o New York Times. No entanto, nenhuma decisão oficial foi tomada até o momento.
A proposta tem potencial para gerar debates entre diferentes setores da sociedade, especialmente em temas como política familiar, incentivos fiscais e o papel do Estado na promoção da natalidade. Especialistas e parlamentares aguardam mais detalhes antes de se posicionarem formalmente sobre a medida.