Governo Trump cita que bloqueio de redes sociais americanas no Brasil é antidemocrático

O governo dos Estados Unidos, por meio de um órgão ligado ao Departamento de Estado, criticou o bloqueio de redes sociais americanas no Brasil. A declaração, publicada na conta da Embaixada dos EUA no Brasil na rede social X, faz alusão à decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes de bloquear a plataforma Rumble.

O Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental afirmou que “bloquear o acesso à informação e impor multas a empresas sediadas nos EUA por se recusarem a censurar indivíduos é incompatível com valores democráticos, incluindo a liberdade de expressão”. Essa foi a primeira manifestação oficial de um órgão do governo norte-americano sobre o caso.

Decisão de Alexandre de Moraes

Alexandre de Moraes determinou o bloqueio da Rumble no Brasil na sexta-feira (21), alegando descumprimento de ordens judiciais e criação de um “ambiente de total impunidade” nas redes sociais brasileiras. O ministro também solicitou que a plataforma informasse à Justiça o seu representante legal no Brasil antes de tomar a decisão de bloqueio.

Processo nos EUA

O Rumble, uma plataforma de vídeos popular entre conservadores, entrou com uma ação judicial contra Moraes nos Estados Unidos. A empresa, em parceria com o Trump Media & Technology Group, do ex-presidente Donald Trump, acusa o ministro de censura e pede que suas ordens não tenham validade em território norte-americano.

Apesar do pedido, a Justiça dos EUA rejeitou liminarmente a ação, apontando falhas na documentação e questões de jurisdição. O processo cita o bloqueio de vários usuários, incluindo o blogueiro Allan dos Santos, foragido da Justiça brasileira e apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O caso segue em discussão e pode ampliar as tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos sobre o tema da liberdade de expressão na internet.

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