Governo Trump propõe ampla reforma no Departamento de Estado dos EUA

O governo do presidente Donald Trump propôs uma reestruturação significativa do Departamento de Estado dos Estados Unidos, com o objetivo de alinhar a agência às prioridades da sua administração. De acordo com um memorando interno obtido pela Reuters, o plano prevê a eliminação de 132 dos 734 escritórios e bureaus do departamento, incluindo setores voltados a direitos humanos e crimes de guerra. O Congresso foi notificado da proposta, e subsecretários foram orientados a apresentar planos para reduzir a equipe em até 15%.

A medida faz parte de um esforço mais amplo da administração Trump, em parceria com o bilionário Elon Musk, para reduzir o tamanho do governo federal, com foco em cortar gastos públicos e eliminar o que consideram estruturas burocráticas ineficientes. Segundo o secretário de Estado Marco Rubio, o atual formato do Departamento é “inchado” e impede respostas rápidas às demandas diplomáticas. Estima-se que cerca de 700 cargos possam ser extintos com os fechamentos.

Entre as mudanças mais controversas está a proposta de eliminar o subsecretário de Segurança Civil, Democracia e Direitos Humanos. Rubio acusou o setor de promover agendas ideológicas e de desviar-se das prioridades nacionais. Críticos, no entanto, alertam para os riscos de enfraquecimento da atuação diplomática dos EUA em áreas sensíveis. A senadora democrata Jeanne Shaheen afirmou que examinará o plano e cobrou explicações formais de Rubio ao Comitê de Relações Exteriores do Senado.

Embora a proposta afete principalmente a sede do Departamento de Estado em Washington, há a expectativa de que decisões futuras também possam impactar consulados e missões no exterior. Representantes do governo afirmam que o fechamento de determinados escritórios não significa, necessariamente, o abandono de suas funções, mas não esclareceram como suas responsabilidades seriam redistribuídas.

O plano de reorganização deverá ser detalhado até 1º de julho por um grupo de trabalho interno, que definirá o futuro de cada setor envolvido na reforma.

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