O primeiro-ministro da Groenlândia, Jens-Frederik Nielsen, afirmou, neste domingo (30), que os Estados Unidos não assumirão o controle do território insular, em resposta às declarações do presidente americano Donald Trump. No sábado (29), Trump havia sugerido que os Estados Unidos poderiam até usar força militar para garantir a anexação da ilha, o que gerou uma reação firme do líder groenlandês. “O presidente Trump diz que os Estados Unidos ficarão com a Groenlândia. Deixe-me ser claro: os Estados Unidos não ficarão com a Groenlândia. Não pertencemos a mais ninguém. Nós decidimos nosso próprio futuro”, escreveu Nielsen em uma publicação nas redes sociais.

A Groenlândia, embora seja um território autônomo da Dinamarca, é uma região de grande importância geopolítica, especialmente devido à sua localização estratégica no Ártico. Assim como os Estados Unidos, o território faz parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A sugestão de Trump sobre a anexação da ilha foi vista como uma questão de segurança nacional, uma vez que a Groenlândia possui bases militares dos Estados Unidos. Contudo, as autoridades da Groenlândia deixaram claro que o território tem pleno direito de decidir seu destino e que a soberania do país não está à venda.

O incidente voltou a trazer à tona as complexas relações entre os EUA, a Dinamarca e a Groenlândia, um território que mantém uma relação estreita com os americanos, mas que defende sua independência e autonomia.