Guarda Costeira dos EUA divulga imagem inédita do submersível Titan após trágica implosão durante expedição ao Titanic

A Guarda Costeira dos Estados Unidos revelou nesta segunda-feira (16) uma imagem inédita do submersível Titan, que implodiu no ano passado durante uma expedição aos destroços do Titanic, resultando na morte de cinco tripulantes. A foto divulgada pelas equipes de busca mostra a cauda do submarino, que permaneceu parcialmente preservada após o trágico acidente.

O Titan, operado pela empresa OceanGate, levava cinco passageiros a bordo quando, em junho de 2023, sofreu uma implosão enquanto submergia a aproximadamente 3.350 metros de profundidade no Oceano Atlântico. Entre as vítimas estavam o então diretor-executivo da OceanGate, Richard Stockton Rush III, um copiloto e três passageiros bilionários que participavam da expedição.

Investigação em andamento

Apesar de mais de um ano ter se passado desde o acidente, a investigação sobre o que levou à implosão do submersível ainda está em andamento. A Guarda Costeira abriu um inquérito logo após o ocorrido, e nesta semana uma série de audiências públicas foi iniciada para revelar o que já foi descoberto sobre o caso. O relatório final, contendo as conclusões da investigação e uma série de recomendações, deverá ser entregue ao governo dos EUA após o término das audiências, previsto para a próxima semana.

Durante as audiências, surgiram novas informações que levantam questionamentos sobre a segurança do Titan. Foi revelado que o submersível nunca passou por uma inspeção técnica externa e, antes da fatídica expedição, ficou exposto a condições climáticas adversas por meses, o que pode ter comprometido o seu casco.

Dúvidas sobre os momentos finais

Ainda não está claro se a tripulação teve consciência dos problemas que estavam prestes a ocorrer. Durante os trabalhos de busca, ruídos repetidos foram registrados por sondas submersas, e as equipes especularam que poderiam ser batidas vindas de dentro do Titan, possivelmente em um pedido de socorro. Contudo, a hipótese de que os tripulantes tenham percebido falhas antes da implosão nunca foi comprovada.

A última mensagem enviada pelos tripulantes foi divulgada na audiência desta semana. Em um texto enviado por meio de um sistema de comunicação entre o submersível e o centro de comando no navio de suporte, o comandante escreveu: “Está tudo bem aqui”. Pouco depois, as comunicações com o submersível foram interrompidas, levando ao início das buscas.

Consequências e reflexões

O diretor de investigações da Guarda Costeira, Jason Neubauer, que está liderando as audiências, expressou condolências às famílias das vítimas e ressaltou a importância da investigação.
“Não há palavras para aliviar a perda sofrida pelas famílias impactadas por este trágico incidente, mas esperamos que esta audiência ajude a lançar luz sobre a causa da tragédia e evitar que algo assim aconteça novamente”, afirmou Neubauer.

As descobertas iniciais sugerem que a pressão extrema da água em profundidades superiores a 3.000 metros causou a implosão do Titan, mas as circunstâncias exatas e possíveis falhas estruturais ainda estão sendo avaliadas. As revelações até agora levantam questões sobre a segurança de expedições subaquáticas privadas e a necessidade de regulamentações mais rígidas para submersíveis exploratórios.

A expectativa é que o relatório final traga respostas para as famílias das vítimas e sirva como base para evitar que tragédias semelhantes ocorram no futuro.

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