Um homem de 36 anos foi preso nesta terça-feira (08), em Tangerang, no oeste de Jacarta, capital da Indonésia, acusado de vender seu filho de 11 meses por cerca de R$ 5 mil. O suspeito, identificado como R.A., teria utilizado o valor para apostas online e compra de objetos pessoais. A informação foi confirmada pelas autoridades locais, que também prenderam os compradores da criança, suspeitos de envolvimento com redes de tráfico de pessoas.

O caso veio à tona após a mãe do bebê, ao retornar do trabalho, não encontrar a criança em casa. Segundo o chefe da polícia de Tangerang, Zain Dwi Nugroho, a mulher pressionou o companheiro a revelar o paradeiro do filho, até que ele finalmente confessou ter vendido a criança. Imediatamente, ela o acompanhou ao Departamento de Polícia de Tangerang, onde registraram o boletim de ocorrência.

A polícia agiu rapidamente e localizou os compradores em uma casa, onde a criança foi resgatada. Os envolvidos foram presos e são investigados por possível ligação com redes de tráfico humano.

De acordo com as investigações, R.A. alegou inicialmente que a venda do filho teria sido motivada por dívidas financeiras, mas a polícia constatou que o dinheiro foi utilizado principalmente para apostas em jogos de azar.

A Comissão Indonésia de Proteção à Criança (KPAI) condenou o incidente, destacando a gravidade da situação e a vulnerabilidade das crianças em casos de exploração e tráfico humano. As autoridades seguem investigando o caso para identificar possíveis conexões com redes de tráfico de pessoas que atuam na região.

Este caso chocante levantou discussões sobre a necessidade de medidas mais rigorosas de proteção infantil e combate ao tráfico de pessoas na Indonésia, que continua enfrentando desafios significativos nessa área.