Irã acusa Israel de usar bombas dos EUA em ataque ao Líbano; 700 mortes registradas na semana

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, acusou Israel de utilizar bombas “destruidoras de bunkers” fornecidas pelos Estados Unidos em bombardeios contra áreas residenciais do Líbano nesta sexta-feira (27). Entre os alvos dos ataques estava a capital, Beirute. O governo dos EUA, por sua vez, negou qualquer envolvimento no ataque ou conhecimento prévio da operação israelense.

Fontes da Reuters afirmaram que o bombardeio israelense tinha como alvo Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, grupo extremista com forte presença no Líbano. Segundo informações, a organização perdeu contato com Nasrallah após os ataques, mas o Hezbollah negou que tenha armazenado armamentos nos locais atingidos.

Durante uma reunião no Conselho de Segurança da ONU sobre o Oriente Médio, Abbas Araghchi condenou os bombardeios e declarou o apoio do Irã ao Líbano. “Hoje, o regime israelense usou bombas destruidoras de bunkers fornecidas pelos Estados Unidos para atingir áreas residenciais em Beirute”, afirmou o chanceler iraniano, reforçando que o Irã oferecerá suporte ao Líbano “em todos os sentidos”.

Ataques intensificados e aumento no número de vítimas

O conflito na região escalou rapidamente. Na madrugada de sábado (28), novas explosões foram registradas em Beirute, com Israel afirmando que estava atacando alvos do Hezbollah. O grupo extremista, entretanto, negou possuir armas nos locais atingidos.

A situação no Líbano se agrava, com 700 mortes registradas apenas nesta semana, de acordo com as autoridades locais. Entre as vítimas estão seis mortos no bombardeio a Beirute e 25 em ataques no sul do país, incluindo quatro crianças.

Israel, por sua vez, também enfrenta ataques. O Hezbollah disparou mísseis contra a cidade de Haifa, a terceira maior de Israel. No norte do país, milhares de israelenses foram forçados a abandonar suas casas devido ao lançamento de mísseis e foguetes pelo grupo extremista.

Esforços de cessar-fogo fracassam

Apesar da escalada do conflito, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou uma proposta de cessar-fogo de 21 dias, sugerida por diversos países, incluindo os Estados Unidos, Reino Unido e Emirados Árabes. Netanyahu afirmou que as operações continuarão até que os moradores do norte de Israel possam retornar com segurança às suas casas.

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