O Irã anunciou que utilizará “todas as ferramentas disponíveis” para responder ao ataque aéreo de Israel realizado no último fim de semana, que resultou na morte de quatro soldados iranianos. A declaração foi feita pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baghaei, durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (28).

Baghaei enfatizou que a resposta do Irã será “definitiva e eficaz” contra o que chamou de “regime sionista”. Ele comentou que a natureza da resposta dependerá da gravidade do ataque israelense, embora não tenha detalhado como será essa reação.

O ataque israelense, que ocorreu na madrugada de sábado, envolveu três ondas de bombardeios aéreos que visaram alvos militares nas proximidades de Teerã e em outras regiões do Irã. Segundo as Forças de Defesa de Israel, os ataques foram direcionados a instalações utilizadas para a fabricação de mísseis e drones. Embora o governo iraniano tenha classificado os danos como “limitados”, a perda de vidas de seus soldados acendeu as tensões.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, também se manifestou, pedindo que os oficiais iranianos considerem a melhor forma de demonstrar o poder do país diante de Israel, ressaltando que o ataque não deve ser subestimado ou exagerado.

As relações entre Irã e Israel têm se deteriorado nas últimas semanas, em um ciclo de retaliações que começou com um ataque de mísseis iranianos contra Israel em 1º de outubro, em resposta à morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah. Este ambiente de hostilidade se intensificou desde o início de outubro, quando o Hamas, grupo aliado do Irã, lançou um ataque em grande escala contra Israel, resultando em centenas de mortes.

A situação é monitorada de perto pelos Estados Unidos, que foram informados sobre os ataques israelenses antes de sua realização. O governo americano tem trabalhado em colaboração com Israel para responder às provocações iranianas.

Com as tensões em alta, o mundo aguarda a reação do Irã, que promete uma resposta “proporcional e definitiva” aos recentes ataques, enquanto a escalada entre os dois países continua a se intensificar.