Israel ameaça retaliação ao Irã e promete demonstrar poderio militar, diz ministro da Defesa

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que a resposta militar planejada contra o Irã mostrará ao mundo o poder das forças armadas israelenses. A ameaça ocorre após uma salva de mísseis lançada por Teerã no início deste mês, em meio à crescente tensão entre os dois países. A comunidade internacional acompanha a situação com apreensão, temendo uma escalada violenta no Oriente Médio.

Gallant reforçou a postura israelense em uma publicação nas redes sociais na quarta-feira (23), onde declarou que “qualquer inimigo que tente prejudicar o Estado de Israel pagará um preço elevado”. O ministro fez essa declaração durante uma visita à base aérea de Hatzerim, enquanto Israel continua avaliando seus possíveis alvos para a retaliação.

O estopim para a tensão atual foi o ataque iraniano em resposta à morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, ambos atribuídos a Israel. Desde então, autoridades israelenses, com o apoio dos Estados Unidos, vêm planejando sua reação.

O presidente dos EUA, Joe Biden, chegou a mencionar a possibilidade de ataques israelenses às refinarias petrolíferas do Irã, mas depois recuou, pedindo uma resposta “proporcional” diante do temor de que uma ação militar dessa magnitude pudesse impactar o mercado global de petróleo. A Casa Branca teria recebido garantias do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de que os ataques seriam limitados a alvos militares, evitando instalações nucleares iranianas.

Entretanto, fontes do governo israelense ressaltaram que essa postura cautelosa pode ser temporária, deixando em aberto a possibilidade de ações mais agressivas em futuras fases do conflito. O Irã, por sua vez, advertiu que qualquer ataque às suas infraestruturas, especialmente nas áreas de energia e tecnologia nuclear, seria uma “linha vermelha” e provocaria uma retaliação ainda mais severa.

A recente escalada entre Israel e Irã ocorre em um contexto de amplificação das tensões no Oriente Médio, que já envolvem conflitos com o Hamas, na Faixa de Gaza, e o Hezbollah, no Líbano. O aumento da atividade militar israelense contra seus adversários regionais tem atraído críticas e gerado temor de uma guerra mais ampla.

O ataque iraniano com mísseis foi o primeiro ataque direto entre os dois países, que até então se enfrentavam indiretamente por meio de grupos aliados. Desde então, Israel tem sofrido crescente pressão interna e internacional para agir com firmeza, enquanto o mundo aguarda com nervosismo os próximos movimentos.

Relacionadas

Últimas notícias