O chefe das Forças Armadas de Israel, Herzi Halevi, declarou nesta quarta-feira (25) que os recentes bombardeios no Líbano têm como objetivo preparar o terreno para uma eventual invasão terrestre. A afirmação ocorre após cinco dias de intensos ataques aéreos israelenses contra o grupo extremista Hezbollah, que atua no território libanês.
A tensão na região aumentou depois que o Hezbollah lançou foguetes em direção a Tel Aviv, a maior cidade de Israel, forçando a ativação dos sistemas de defesa aérea israelenses, que interceptaram os projéteis. Em resposta, Israel intensificou seus bombardeios no sul e leste do Líbano, além de regiões próximas à capital, Beirute. Os ataques deixaram 51 mortos e mais de 220 feridos.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expressou preocupação com a possibilidade de um conflito em larga escala no Oriente Médio. Em entrevista à rede americana ABC, Biden disse que uma “guerra total” poderia ser evitada, mas que o risco permanece. “Ainda há tempo para um acordo que possa mudar toda a dinâmica da região”, afirmou.
A situação ganhou novos contornos após a morte de Ibrahim Qubaisi, um comandante sênior do Hezbollah, atingido por um ataque aéreo israelense na capital libanesa. Qubaisi era responsável pelos arsenais de mísseis e foguetes do grupo, que tem disparado centenas de projéteis contra Israel nos últimos dias. Desde o início dos confrontos, 569 pessoas morreram e 1.835 ficaram feridas no Líbano, incluindo 50 crianças, de acordo com fontes oficiais libanesas.
Apesar da escalada, o embaixador de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon, afirmou que o país “não deseja” invadir o Líbano, mas ressaltou que está pronto para agir, caso seja necessário. “Temos experiência passada no Líbano e não queremos repetir isso, mas estamos preparados para qualquer cenário”, declarou.
O Hezbollah, que é apoiado pelo Irã, controla partes do Líbano e mantém uma presença significativa tanto política quanto militar no país. Líderes globais têm pedido por uma desescalada do conflito, temendo as consequências de uma guerra generalizada no Oriente Médio. Enquanto isso, as Forças de Defesa de Israel seguem mobilizando mais brigadas de reservistas para a fronteira norte, na expectativa de novos desdobramentos.