Um novo estudo das universidades da Califórnia revelou que, se os latinos nos Estados Unidos fossem um país independente, sua economia seria a quinta maior do mundo, superando economias como a do Reino Unido, França e Índia. Em 2022, o PIB gerado pela comunidade latina nos EUA alcançou 3,7 trilhões de dólares (21 trilhões de reais), conforme o relatório divulgado nesta sexta-feira (13) pelo Centro para o Estudo da Saúde e Cultura Latinas da UCLA e pelo Centro de Pesquisa e Previsão Econômica da Universidade Luterana da Califórnia.
O estudo destaca que apenas China, Japão e Alemanha têm economias maiores que a dos latinos nos Estados Unidos. A pesquisa, divulgada no contexto da campanha eleitoral americana de 2024, onde a imigração é um tema central, revela que os latinos representam 19,2% da população dos EUA, ou cerca de 65 milhões de pessoas. Além disso, essa comunidade é responsável por 41,4% do crescimento real do PIB desde 2019.
David Hayes-Bautista, coautor do relatório e professor de medicina e saúde pública da UCLA, enfatizou a importância dos latinos como uma fonte vital de resistência para a economia americana. Segundo Hayes-Bautista, a comunidade latina continuará a ter um impacto significativo no crescimento econômico dos EUA nas próximas décadas, devido ao seu aumento populacional e à sua juventude média de 30,7 anos, em comparação com 41,1 anos para o restante da população.
O estudo também revelou que, entre 2010 e 2022, o número de latinos com ensino superior cresceu 113,5%, e seus salários aumentaram 3,4% ao ano, em contraste com um crescimento de 1,4% para o restante da população americana. A pesquisa sublinha a crescente importância econômica e demográfica dos latinos nos Estados Unidos.