Durante agenda na França, presidente afirma que compromissos no exterior são essenciais para atrair recursos e fortalecer a imagem do país no cenário global.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu neste sábado (7), durante coletiva de imprensa na França, sua agenda de viagens internacionais desde o início do atual mandato. Segundo ele, os compromissos no exterior são parte do papel institucional da Presidência da República e têm como resultado a atração de investimentos para o Brasil.

“A gente está fazendo o que todo presidente precisa fazer”, afirmou Lula, destacando que não acompanha diretamente os custos dessas viagens, mas se concentra nos retornos econômicos que elas proporcionam. “Não sei quanto estou gastando porque não cuido disso. Mas sei o quanto estou levando de volta para o Brasil”, declarou.

A declaração foi feita antes do embarque para a cidade de Nice, onde o presidente participará da Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos. A viagem à França, iniciada na quarta-feira (4), faz parte de uma série de compromissos internacionais que Lula tem cumprido desde o início de seu mandato em 2023. Até agora, o presidente já visitou mais de 30 países.

Durante a entrevista, Lula enfatizou que o Brasil precisa “deixar de ser pequeno” e se posicionar de forma mais assertiva no cenário internacional. “O Brasil é um país grande. O Brasil é a oitava economia do mundo. Nossos embaixadores no mundo têm que pensar grande. A gente não é menor do que ninguém”, disse.

Entre os resultados concretos mencionados pelo presidente está o compromisso de empresas francesas de investir no Brasil. De acordo com Lula, os 15 maiores investidores franceses que já atuam no país prometeram injetar R$ 100 bilhões na economia brasileira ao longo dos próximos cinco anos. O dado foi confirmado pelo Palácio do Planalto.

Além da França, Lula mencionou também acordos de investimentos obtidos em viagens recentes à China e ao Japão. “Se a gente somar os investimentos que conseguimos na China, se a gente somar os investimentos que conseguimos no Japão, nós vamos perceber que estamos fazendo aquilo que todo presidente da República precisaria fazer.”

As viagens internacionais de Lula têm gerado repercussão no debate público e entre adversários políticos, sobretudo no que diz respeito aos custos envolvidos. O presidente, no entanto, reforçou que a atuação no exterior é parte do esforço para posicionar o Brasil como ator relevante no cenário econômico e político global.

A Conferência da ONU sobre os Oceanos, em Nice, deve reunir líderes de diversos países para discutir a preservação marítima e o combate às mudanças climáticas, temas que também fazem parte da agenda internacional do governo brasileiro.