O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou o bilionário Elon Musk de estar envolvido em um ataque contra o sistema eleitoral do país e de incentivar a violência e o caos na nação sul-americana. Em uma reunião do Conselho de Segurança realizada no palácio Miraflores, Maduro afirmou que Musk, juntamente com os Estados Unidos, o narcotráfico colombiano e a extrema direita, estaria promovendo desestabilização na Venezuela.

Segundo Maduro, Musk seria responsável por estimular “o caos, a mentira e a violência” e por ataques ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela. “Estamos enfrentando uma arremetida internacional do imperialismo estadunidense, de Elon Musk, da direita internacional extremista e do narcotráfico colombiano para se apoderar do país”, declarou Maduro. Em resposta, Musk desafiou Maduro publicamente, oferecendo uma aposta: “Se eu ganhar, ele renuncia ao cargo de presidente da Venezuela. Se eu perder, ele ganha uma viagem a Marte de graça.”

O governo venezuelano criou um Conselho de Segurança para lidar com as recentes manifestações violentas e os ataques ao sistema eleitoral. O CNE denunciou um ataque hacker durante as eleições presidenciais de domingo (28), que atrasou a divulgação dos resultados. Maduro venceu a eleição com 51,2% dos votos, enquanto o candidato opositor Edmundo González Urrutia obteve 44,2%. Musk e a ex-deputada María Corina Machado questionaram os resultados, sem apresentar evidências substanciais.

Elon Musk tem sido um crítico vocal do governo de Maduro, apoiando as manifestações violentas e contestando os resultados eleitorais. Ele compartilhou mensagens e vídeos nas redes sociais, incitando protestos e chamando Maduro de “ditador” e “burro”. Essa não é a primeira vez que Musk se envolve em questões políticas na América do Sul; em 2020, ele provocou polêmica com uma mensagem sobre possíveis golpes políticos na Bolívia, país rico em lítio, um recurso vital para a indústria de baterias de veículos elétricos.